terça-feira, 4 de maio de 2010

É controverso e tem a sua ironia: se calhar no próximo censo já não haverá tanta gente a dizer-se católica...

Os trabalhadores do sector privado que tenham de faltar devido ao encerramento de escolas no dia 13 de Maio [3.º dia da visita do Papa a Portugal] terão de perder um dia de férias ou um dia de salário [vd. «Escolas fechadas: pais têm de perder um dia de férias ou de salário»]

O pior é para quem não se assume como católico...

3 comments:

jrd disse...

Lá vai um dia de salário para a caixa das esmolas do patronato.

Joaquim Ferreira disse...

Afinal, queixam-se de quê? De gozar um dias de férias antecipado? Os professores também são pais. Também têm filhos na escola. Estão muito pior. Têm que os abandonar na rua! ou, mesmo que sejam excelentes profissionais, deixam de merecer o excelente. Pior. Se um filho for internado, operado, etc. ou até se lhes morre o pai ou a mãe, ao faltarem à escola, já não podem ter excelente! Esta é a verdaderia justiça da avaliação socialista! Mais ainda. Mesmo que tenham alcançado o excelente, só porque há 5 excelentes profissionais - como na selecção, onde todos são excelentes e antes vinham quase todos dos mesmos clubes (no caso, escolas!) - e apenas há 3 vagas para "excelente" têm de contentar-se com um muito bom. é como se na turma dos nossos filhos onde haja 8 alunos com excelente apenas um (5%) pudesse obter esa nota. Mas, meus caros leitores apoiantes da injustiça governamental contra os professores, esperem para ver o futuro dos vossos filhos, a sua frustração quando chegarem à vida activa com médias de 17 ou 18 valores e tiverem que aguentar-se com um uma avaliação de Bom (14 ou 15 valores!) só porque há 6 ou 7 profissionais com médias de 19 e 20 valores! Toma lá que é democrático! Não Calarei A Minha Voz... Até Que O Teclado Se Rompa !

Daniel Melo disse...

Caro Joaquim Ferreira,

leu bem este post ou foi só copy & paste?
Ninguém neste blogue apoia esse tipo de avaliação à outrance, embora todos reconheçamos que tem de haver algum tipo de avaliação.

Haver essa injustiça não me impede, contudo, de achar que também é injusto obrigar muitos milhares de pessoas a pôr férias ou a perder dias de trabalho devido a uma imposição com a qual não se identificam e que não tem justificação para ser desse modo.

Isto podia ter sido feito doutro modo, sem prejudicar ninguém, com planificação atempada. Só isso.