quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Congo poderá viver outra “Guerra Mundial da África”

africa Há fortes suspeitas de que até um quarto das forças que lutam ao lado do general dissidente, Laurent Nkunda, são militares ruandeses. Este é o principal ponto de tensão que poderá “internacionalizar” outra vez o conflito da República Democrática do Congo, pois já há quem confirme a existência também de soldados angolanos e zimbabuanos na região. Conhecida como a “Guerra Mundial da África” (1998 a 2003), militares do governo congolês, apoiadas por soldados de Angola, Zimbábue e Namíbia combateram rebeldes do Congo apoiados por Uganda, Ruanda e Burundi. O resultado desse conflito foi a morte de quase 4 milhões, a maioria vítima de inanição e outras doenças. Mais.

1 comments:

Zèd disse...

Ora aqui está uma questão importante, e importa saber se a comunidade internacional vai saber reagir.
O Kabila pai começou no leste, com o apoio do Ruanda, quando se lançou da tomada do poder a Mobutu. Dizem as más línguas que o governo Tootsie Ruandês nunca perdoou quando Kabila pai lhe voltou as costas, e nunca deixaram de interferir com o processo de paz do Congo.
Acontece que a paz nunca chegou ao Nord Kivu. O Kabila pai morreu, o Kabila filho chegou e inverteu completamente a política, conseguiu um acordo de paz com todas as facções em conflito, excepto no Nord Kivu, e a paz tem durado. O Congo tem uma constituição aprovada pela esmagadora maioria da população, tem um sistema político multipartidário, e tem um presidente democraticamente eleito. Kabila filho, num gesto de boa vontade, deu a vice-presidência a Jean-Pierre Bemba, herdeiro político de Mobutu. Bemba tentou o golpe de estado, falhou, e está a ser julgado em Haia por crimes contra a humanidade. O governo, e as instituições têm aguentado a crise, e a paz e estabilidade relativa vão durando, excepto do Nord Kivu. Lá onde o Congo faz fronteira com o Ruanda, os que não aceitaram a paz, liderados pelo Tootsie congolês Laurent Nkunda, continuam a alimentar o conflito, ajudados, como desde de sempre pelo Ruanda. A MONUC, apesar de ser maior missão de capacetes azuis em África, é incapaz de manter a paz, e a comunidade internacional incapaz de fazer pressão diplomática para resolver o problema de uma vez por todas. Estão à espera de quê?