Esta é uma variedade de vinhos pouco conhecida, mas que vale a pena provar. Os vinhos de colheita tardia surgiram na Hungria, em meados de seiscentos, revela-nos Rui Falcão no Fugas de 15/XI.
Como o nome sugere, provêm duma vindima posterior à normal, com a uva já muito madura, parte em estado de podridão, contendo por isso uma grande proporção de açúcar. A uva é apanhada bago a bago, tornando este vinho raro e caro. Daqui resultam vinhos gulosos, e que podem durar muito tempo.
Como o nome sugere, provêm duma vindima posterior à normal, com a uva já muito madura, parte em estado de podridão, contendo por isso uma grande proporção de açúcar. A uva é apanhada bago a bago, tornando este vinho raro e caro. Daqui resultam vinhos gulosos, e que podem durar muito tempo.
Poucas castas e regiões são aptas para a sua feitura. As castas mais usadas são a Furmint, Riesling, Sémillon e Chenin Blanc. As regiões eleitas ficam na Alemanha, Áustria, Hungria e França. Em Portugal é difícil a sua produção, mas não impossível, como o comprovam alguns bons exemplos. Rui Falcão refere o Late Harvest Grandjó 2006 (da Real C.ª Velha, Douro) e o Casal Figueira Vindima Tardia 2007 (Estremadura). O 1.º é feito da casta Sémillon, o 2.º da Petit Manseng. A estes eu aditaria o Bucelas Chão do Prado Colheita Tardia, em Bucelas, que figura na imagem (é a garrafa mais estreita, de o,5l). A casta predominante é a Arinto (85%), a rainha da região. A Chão do Prado tem aí uma quinta com ampla vista sobre as videiras e a serra, servindo refeições no seu acolhedor restaurante.
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