segunda-feira, 28 de março de 2011

Com o acentuar da crise, a Europa começa a virar à esquerda

As expressivas vitórias eleitorais da esquerda em França (cantonais) e Alemanha (nos estados federais de Baden-Wuerttemberg e Norte da Renânia-Westfália) são um indício de que a Europa está a virar de agulha, depois da vaga de direita dos anos 2000.

No início da crise talvez se pensasse que era sol de pouca dura e, por isso, mais valia manter os mesmos do costume. Mas, com o agudizar da crise social, do desemprego, do recuo do Estado social e a manutenção das desigualdades de tratamento, os cidadãos europeus perceberam que o assunto era bem mais complicado e exigia outras opções que não o rame-rame costumeiro. Em concreto, no caso alemão, um cartão amarelo ao nuclear, ao eleitoralismo de  Merkel (sobre o nuclear e a abstenção na intervenção líbia) e sobre a falta de solidariedade europeia para com os parceiros da periferia.

É que a França e a Alemanha não são uns estados quaisquer, são países centrais da Europa, actualmente a conduzir os destinos da UE. O outro ponto importante é que se trata duma esquerda plural, coligada ou com acordos posteriores. Para meditação noutros países e por outros partidos.

Nb: na imagem, o líder dos verdes Kretschmann, vencedor no land de Baden-Wuerttemberg, com vitória histórica sobre 50 anos de consulado da CDU de Merkel.

2 comments:

jrd disse...

Dizes bem: a Europa.
Não é o nosso caso...

Daniel Melo disse...

Lá chegaremos, já estão a trabalhar no troço Caia-Pocinho!