
Depois dos apelos cândidos à participação da juventude, depois de tanto serem acusados de indiferença e alienação, agora que os jovens querem dizer «presente!»tornam-se motivo de displicência ou de sermões moralistas da parte daqueles que, na mesma idade, queriam «o impossível».
Já não estamos perante uma «geração rasca», mas talvez perante o prenúncio de algo mais promissor. Algo que pode retomar (em novos moldes) aquilo que no Maio de 68 foi quebrado: a aliança entre a irreverência crítica da juventude estudantil e a revolta de uma força de trabalho precária, sem direitos e cansada de não ter voz.
Elísio Estanque,
nb: ilustração de gui castro felga.
2 comments:
A questão é que esta manifestação é uma manifestação de cobardia. Basta ler o manifesto. Nem um pingo coragem. Nada que se assemelhe a 1968.
Parece que nem toda a gente concorda com a sua tese, a julgar pela adesão à manif.
Além disso, o movimento criou um fórum para acolher e divulgar propostas concretas para melhorar as políticas de emprego (ver este post acima: http://avezdopeao.blogspot.com/2011/03/da-manif-contribuicao-com-propostas.html).
Nada mau, hein?
Enviar um comentário