Mas não são só os franceses ricos que mudam de residência fiscal para escapar aos impostos. Segundo o El País, o arquitecto espanhol Santiago Calatrava transferiu a sua fortuna para a Suíça. No passado dia 23 de Novembro, a sociedade familiar Calatrava Family Investments passou a estar domiciliada no cantão de Zurique, deixando Madrid para trás.
Ainda que possamos achar que a taxação sobre fortunas decidida em França devia ficar aquém dos 75%, o que é um facto é que ela vigorará só 2 anos e as tomadas de posição de cidadãos endinheirados que mudam de país (e de nacionalidade!) como quem muda de roupa revelam falta de solidariedade social e nacional num momento crítico das nações europeias.
Ademais, o caso Calatrava mostra como tal tipo de reacção tem pouco a ver com taxas de 75%, pois em Espanha não chegou a esse montante, nem de perto nem de longe, e quanto à transferência para a Suiça, sabemos que ela serve só para pagar menos impostos, neste caso por parte de uma empresa de um conhecido arquitecto.
Adenda: o governo belga saiu a terreiro admoestando o homólogo francês para reflectir sobre a medida dos 75%, mas sai-se mal na resposta - então e a solidariedade entre concidadãos, isso não importa à Bélgica, onde se advogam as virtudes da coesão nacional entre comunidades distintas para evitar a secessão? Então e a nacionalidade, para uns exige condições e papelada a monte, para outros é tipo instantâneo?
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
O capital não tem fronteiras, a falta de civismo também não
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Dar o salto, em análise
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Oscar Niemeyer (1907-2012): um modernismo poético
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Joaquim Benite (1943-2012), marco do teatro independente
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Quando é que faz frio?
Quem julga que o frio é só teimosia invernal bem pode meditar no adagiário dos meses:
- Bom tempo no Janeiro e mau no estio, bom ano de fome, mau ano de frio.
- Chuva em Janeiro e não frio, dá riqueza no estio.
- Janeiro frio e molhado não é bom para o gado.
- Janeiro frio e molhado, enche a tulha e farta o gado.
- Janeiro frio ou temperado, passa-o enroupado.
- Janeiro geoso, Fevereiro nevoso. Março frio e ventoso, Abril chuvoso e Maio pardo, fazem um ano abundoso.
- Em Fevereiro neve e frio, é de esperar calor no estio.
- Em Fevereiro, frio ou quente, chova sempre.
- Fevereiro, fêveras de frio e não de linho.
- Abril frio e molhado, enche o celeiro e o gado.
- Abril frio, pão e vinho.
- Frio de Abril as pedras vai ferir.
- Maio frio e Junho quente fazem o lavrador valente.
- Maio frio e Junho quente: bom pão, vinho valente.
- Maio frio e ventoso, faz o ano formoso.
- Em Junho, frio como punho.
- Agosto, frio em rosto.
- Em Agosto passa o frio pelo rosto.
- Ande o frio onde andar, no Natal cá vem parar.
- Ande o Natal por onde andar, que ele o frio há-de ir buscar.
- Dezembro com Junho ao desafio, traz Janeiro frio.
- Dezembro frio, calor no estilo.
- Em Dezembro treme de frio cada membro.
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domingo, 2 de dezembro de 2012
Se lhes dessem trela, Portugal seria o único país da UE com propinas no ensino obrigatório!
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sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Palestina, novo Estado observador na ONU
A mediação pela ONU é a via desejável para a paz entre palestinianos e israelitas, apesar de ter sido mal acolhida pelo governo israelita, que logo anunciou a construção de novos colonatos.
Longa vida para um pacífico e democrático Estado palestiniano!
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terça-feira, 13 de novembro de 2012
Jornada europeia pelo emprego e solidariedade já arrancou
Mais informação sobre desfiles em c. de 40 cidades portuguesas no site da CGTP.
Para restantes países vd. outros detalhes aqui.
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segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Colóquio Internacional 100 anos de Jorge Amado
Segue-se este a um outro encontro realizado no Brasil, o «Colóquio Internacional 100 anos de Jorge Amado: História, Literatura e Cultura», onde participaram alguns dos presentes oradores.
Outras iniciativas de tributo a Amado podem ser conhecidas em post do Lusografias.
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Labels: agenda cultural, colóquio, escritores, Jorge Amado, literatura, literatura brasileira, Universidades
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Charadas orientais
Le Monde.fr 9/11/12
Papier de verre
Hervé le Tellier
Le dernier congrès du Parti communiste chinois vient de s'ouvrir.
Jeu des trois erreurs :
1) Il n'est pas très ouvert.
2) Il n'est pas très communiste.
3) Ce ne sera pas le dernier.
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quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Aproxima-se a 1.ª greve geral europeia!
No próximo dia 14 de Novembro ocorrerá uma greve geral em Portugal, Espanha, Grécia e Itália, bem como greves sectoriais ou grandes manifestações unitárias na Alemanha, Áustria, Bélgica, França, Holanda, Reino Unido, Roménia e Suiça.
Estas iniciativas estão incluídas no Dia Europeu de Acção e Solidariedade, dinamizado pelo European Trade Union Confederation sob o lema «Por Empregos e Solidariedade - Não à Austeridade».
A 17 seguem-se manifs na Eslovénia e Republica Checa. Mais informação actualizada aqui.
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terça-feira, 6 de novembro de 2012
Tributo a Alves Redol
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segunda-feira, 5 de novembro de 2012
À falta de razão, DDT sobre eles (a máscara protectora só pode ser a liberdade de investigação científica, sempre)
Um investigador da Universidade do Minho, Sergio Denicoli, revelou na sua tese de doutoramento que o processo de implementação da Televisão Digital Terrestre (TDT) foi altamente lesivo do interesse geral, ao transformar um serviço gratuito acessível a todos (4 canais em sinal aberto) num serviço a que apenas teve acesso quem pagou (ou já tinha tv adaptada). Com isso beneficiou a empresa PT, arrebanhado mais 715 mil clientes para o serviço MEO, boa parte no território onde o sinal da TDT não chega. Em Espanha e Reino Unido não ocorreu assim - aí existe oferta gratuita de dezenas de canais.
Não bastando isto, quem vai ser processado é o investigador (pela PT) e não a PT que foi ilegalmente bafejada!! Além disso, os dirigentes da própria Universidade do Minho demitiram-se da sua responsabilidade ética e científica, dizendo nada ter a ver com as posições expressas, quando a tese foi aprovada no seu espaço por unanimidade por um júri interuniversitário!!! Então nem ao menos pugnam pela liberdade de expressão e crítica, não apoiam juridicamente um seu representante?!
Já que os governantes de turno não mexerão uma palha para esclarecer este assunto, cabe aos cidadãos pressionar pelo debate público, circulando já uma petição pela Liberdade de Investigação Científica, criada por um grupo de universitários solidários com Denicoli e que já conta com mais de 1200 apoiantes. Nesta petição sustenta que «a liberdade académica é um requisito essencial da actividade científica» e que qualquer pressão para silenciar o trabalho académico feito segundo as regras instituídas deve ser denunciado publicamente (vd. mais aqui).
Como bem refere Sérgio Lavos, os portugueses suportam da oferta mais cara do mundo nos combustíveis, energia, telecomunicações, Internet e agora na TDT. Isto deve-se, adito eu, a má regulação e a privatizações de monopólios ou afins, as tais privatizações que iam gerar a concorrência virtuosa, sempre com os melhores preços para os clientes, claro...
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terça-feira, 30 de outubro de 2012
Está em curso uma guerra de classes, dos ricos contra os pobres e a classe média
Esta última visa impôr mais flexibilização no trabalho portuário e cortes nos salários. Segundo o governo e os empregadores, o "problema essencial da competitividade dos portos portugueses incide no custo do trabalho resultante da sua regulação". Mas o perito Alan Stoleroff discorda frontalmente: "destacam-se como mais relevantes os dados referentes aos custos comparados da exportação e importação de um contentor". Além disso, "em termos dos custos totais, Portugal está relativamente bem posicionado nos rankings calculados pelo Banco Mundial".
Que gato com rabo de fora se esconde então nesta manobra governamental e patronal? Se quiser saber continue a ler o texto de Stoleroff, «All’s fair in love and (class) war».
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domingo, 28 de outubro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Os outros da colonização: ensaios sobre o colonialismo tardio em Moçambique
A apresentação cabe a Valdemir Zamparoni (Centro de Estudos Afro-Orientais, Univ. Federal da Bahia, S. Salvador, Brasil).
A sessão terá lugar no Jardim Tropical de Belém - Palácio dos Condes da Calheta (R. Gen. João de Almeida, n.º 15, Lisboa), às 17h30, integrada no programa do Congresso Internacional Saber Tropical em Moçambique: História, Memória e Ciência (organizado pelo IICT).
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segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Manuel António Pina (1943-2012): sonho, humor e sabedoria
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quarta-feira, 17 de outubro de 2012
A imperatriz passeia-se pelos protectorados, parte II
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terça-feira, 16 de outubro de 2012
Para os detractores de Chavez, que tal o pleno tele-governamental de ontem na tv portuguesa?
Ontem à noite, um momento estalinista único: os dirigentes governativos portugueses ocuparam parte do horário nobre de todas as tv's generalistas, e isto para dizer o que já se sabia há muito: «trabalhadores e pensionistas vão pagar 70% do défice».
Pela Venezuela parece que ainda sobrou uma ou duas tv's privadas independentes. Por cá, nem isso. Aguardo ansioso os comentários dos críticos habituais de Chavez.
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Despedimentos em magote regressam ao diário português de referência = um ultraje e um atentado ao pluralismo. Mas é possível contrariar esta espiral demente
O Público prepara-se para despedir 48 funcionários, sob a capa cínica da «reestruturação» e da «sustentabilidade» (em mais um uso abusivo do termo), isto num grupo empresarial que teve lucros de 62,5 milhões de euros em 2012 e que beneficia com o prestígio que este jornal lhe tem granjeado. Quando soube que 36 deles seriam jornalistas tive o mesmo espanto que muitos: mas isso é um rombo enorme numa redacção de referência!
Apesar de todas as derivas ideológicas e editoriais conhecidas dos últimos tempos, e que neste blogue comentámos (por vezes com tom duro, como na era da direcção de José Manuel Fernandes), aquele corpo de jornalistas permanecia conhecido pela sua qualidade e pluralismo.
Depois disso li testemunhos de ex-jornalistas e actuais jornalistas do Público, e foi difícil acabar a leitura. Já não foi espanto que senti mas uma profunda mágoa e indignação. Pretender despedir assim duma assentada, e com os critérios controversos que estão a ser ventilados nas redes sociais, compromete a memória e o futuro deste jornal! Um grupo de ex-jornalistas do jornal da Sonae divulgou entretanto um manifesto onde argumentar que «este despedimento coletivo é efetivamente um saneamento de quadros por discordâncias várias». A ser assim, o ultraje é a dobrar.
Por que não chega mostrar indignação, é necessário que os defensores do pluralismo se mobilizem. Entre outras coisas, podem ler e, se concordarem, assinar a seguinte petição online:
«EM DEFESA DA MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DO JORNAL PÚBLICO E DOS PROFISSIONAIS QUE FAZEM DELE UM JORNAL DE REFERÊNCIA NACIONAL»
Eu concordei com essa petição, por isso a assinei.
Pela sua parte, os jornalistas do Público decidiram avançar com um dia de greve para esta sexta-feira. Oxalá tenho o apoio que merece.
Ainda vamos a tempo de barrar esta espiral de desrespeito pelo pluralismo e pelo trabalho alheio.
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terça-feira, 9 de outubro de 2012
Reforma do Estado: como aplicar mal uma boa medida
Importa ressalvar que nem todas as fundações de autarquias e regiões deviam ser extintas ou ter menores apoios do Estado central, isso evidentemente depende duma avaliação transparente das actividades específicas e das capacidades de cada autarquia promotora. Agora, a única forma de acabar com esta gula de criação de fundações é desburocratizar o mais possível a gestão na administração pública. Criar fundações e empresas públicas mais não é do que uma fuga em frente, nova fonte de clientelismo e despesismo, e um factor enorme para desincentivar a desburocratização do Estado.
Bem aplicadas, estas reformas do Estado teriam tido um impacto muito maior na diminuição da despesa pública. Depois não digam que não há alternativas.
Posted by Daniel Melo at 22:30 0 comments
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Tão liberais que eles são
A notícia do Público de hoje, «Empresa de que Passos foi gestor ficou com a parte de leão de fundos geridos por Relvas entre 2002 e 2004», deve ter suscitado a muitos leitores o seguinte comentário: está explicado porque o primeiro-ministro não demite Relvas, mesmo após os escândalos das equivalências e a controvérsia em torno de vários processos de privatizações (p.e., RTP e ANA).
Mas há outra questão por referir: o facto destes gestores/ políticos/ ideólogos que criticam a subsidio-dependência serem os mais colados aos subsídios desse mesmo Estado.
PS: mais desenvolvimentos desta notícia aqui.
Posted by Daniel Melo at 22:30 0 comments
domingo, 7 de outubro de 2012
Cultura e alternativa
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quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Resgatar Portugal para um futuro decente
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terça-feira, 2 de outubro de 2012
Eric Hobsbawm (1917-2012): o historiador da contemporaneidade
Foi talvez o mais inovador e completo historiador do nosso tempo, e não só pelo tríptico das eras (das revoluções, do império, dos extremos).
Recomendo a leitura dos textos evocativos do Público e The Guardian.
Posted by Daniel Melo at 23:04 0 comments
Federalismo em debate
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domingo, 30 de setembro de 2012
sábado, 29 de setembro de 2012
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Hipótese mm: o papa-formigas não quer aquela pasta, pudera...
«Macedo tem sido apontado como uma possibilidade para o lugar de Miguel Relvas, numa eventual remodelação do governo, com o objectivo de melhorar a comunicação política» (in Luís Claro, «Macedo diz que Portugal não pode ser um país de “muitas cigarras”», i, 24/IX).
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sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Sermão do bom ladrão
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quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Albardar o burro à vontade do dono
Ainda a propósito da manif de sábado passado, não consigo engolir a 'lição' de certos comentadores tidos por "moderados": ontem, Carlos Abreu Amorim achava credível dizer que a manif era contra o legado que nos trouxe à crise actual (leia-se, socratismo) e não contra o governo actual; esta noite, Marques Mendes reincidia, aditando que a principal virtude da acção tinha sido o ser "despolitizada", porque até pessoas que tinham votada nos partidos da
coligação governamental tinham comparecido. Ó meus amigoze, só não vê quem não quer! Então, as pessoas que não costumam ir a manifs vão a uma com lema público anunciado ("Que se lixe a troika" Queremos as nossas vidas!"), mas nem sabiam ou vão com outro lema, e só porque não é organizado por partidos já não é um acto político?!! Chama-se a isto tapar o sol com uma peneira. Ou albardar o burro à vontade do dono.
Por esse andar, vão esbarrar na parede. O trágico é se levam os outros atrás...
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terça-feira, 18 de setembro de 2012
domingo, 16 de setembro de 2012
Era um mar de gente a perder de vista...
Ou não consegue ver o sol senão com uma peneira.
E para memória futura: «Os números totais disponíveis, de norte a sul».
Nb: a imagem deve ser do cameraman do helicóptero da SIC e foi retirada por mim daqui.
Posted by Daniel Melo at 15:52 0 comments
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas! (é já amanhã!!)
Para as outras cidades envolvidas (e são muitas, em Portugal e «lá fora») vd. aqui.
O texto de apresentação da iniciativa pode ser lido aqui.
Posted by Daniel Melo at 08:00 0 comments
Como certas multinacionais actuam na sombra para desregular ainda mais o mundo
A indústria do Tabaco, do Petróleo, a Farmacéutica, o Walmart e quase 600 lobistas representando as empresas privadas procuram impingir aos governos um Acordo Transpacífico prejudicial para o interesse público, afectando desde a Internet livre, regulamentações ambientais, e direito à saúde.
A última rodada de negociações termina hoje - e a contestação pode ajudar a contrariar as más intenções. A ong Avaaz vai entregar um abaixo-assinado (já com quase meio milhão de subscritores), cujo texto principal é:
Para todos os governos negociando o Acordo de Parceria Transpacífica:
Enquanto cidadãos globais preocupados, exigimos que os senhores tornem o processo do Acordo Transpacífico (TPP) transparente e prestem contas para todos. Rejeitem quaisquer planos que limitem o poder de nossos governos no que diz respeito a regulação em prol do interesse público. O TPP é uma ameaça à democracia, e enfraquece a soberania nacional, os direitos dos trabalhadores, as proteções ambientais e a liberdade da Internet. Exigimos que rejeitem essa tentativa de dominação do mundo pelas empresas.
Posted by Daniel Melo at 07:30 0 comments
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Castells: como as elites estão a romper o pacto social
Nestas condições, surge um círculo virtuoso: o Estado de Bem-estar social gera capital humano de qualidade, que gera produtividade, que permite financiar sobre bases não inflacionárias o Estado de Bem-estar. Se as partes se desconectam, o sistema afunda. Porque o argumento do suposto desencontro entre trabalhadores ativos e inativos, que inviabilizaria uma Segurança Social digna não leva em conta fatores essenciais. Por exemplo: o importante não é o número de pessoas que sustentam o sistema, mas a produtividade gerada por eles para custear o apoio aos aposentados. Se, além disso, os benefícios sociais forem oferecidos por um Estado de Bem-estar dinâmico, apoiado nas tecnologias de informação, os custos são reduzidos. De modo que os benefícios são perfeitamente sustentáveis, desde que ampliem a produtividade da economia, e diminuam a ineficiência no Estado não por meio do desemprego – mas de uma modernização organizativa e tecnológica do setor público.
Mas há algo ainda mais importante. O Estado de Bem-estar social não foi um presente de governos ou empresas. Resultou, entre 1930 e 1970, de potentes lutas sociais, que conseguiram renegociar as condições de repartição da riqueza. Estabeleceu, como resultado, uma paz social que permitiu concentrar esforços em produzir, consumir, viver e conviver.
Agora, questionam-se as bases desta convivência. Péssimo cálculo. Porque a destruição deliberada do Estado de Bem-estar social conduzirá ao surgimento de um Estado de mal-estar de perfis sinistros. E isso não acaba assim. Novos movimentos estão a gerar-se, unindo indignados e sindicatos. Daí poderá surgir um novo Estado e um novo Bem-estar.
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quinta-feira, 5 de julho de 2012
Para o Tribunal Constitucional, governo acentuou desigualdades de modo ilegítimo ao cortar subsídios dos funcionários públicos e reformados
«Tribunal Constitucional veta corte nos subsídios e de Natal», por Luísa Meireles. Paro o TC, foi violado o princípio da igualdade proporcional. E mais: «apesar da Constituição não poder ficar alheia à realidade económica e financeira, sobretudo em situações de graves dificuldades, ela possui uma específica autonomia normativa que impede que os objetivos económico-financeiros prevaleçam, sem qualquer limites, sobre parâmetros como o da igualdade, que a Constituição defende e deve fazer cumprir» (TC dixit).
Contudo, temos um premiê tão obcecado com a penalização assimétrica, que é bem capaz de, no próximo ano, estender a medida aos privados, como ameaçou hoje em jeito de resposta ao TC, deixando de lado tudo aquilo onde fazia sentido ir: a taxação das transacções financeiras, das holdings e dos rendimentos dos ricos, a redução dos salários e regalias de presidentes de empresas públicas, a extinção de todas as empresas públicas municipais e incorporação de funções donde foram retiradas (os departamentos municipais), a fiscalização e limitação das parcerias público-privadas. É preciso mais?
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sexta-feira, 29 de junho de 2012
Pelo direito ao trabalho e à dignidade: 1.ª manifestação de desempregados é já amanhã
Dados úteis para a manifestação Pelo Direito ao Trabalho, convocada pelo MSE
- Data: Sábado, 30 de Junho de 2012 - 15:00
- Lisboa: Largo do Camões » São Bento
Porto: Praça da Batalha » Praça D. João I - Pelo direito ao trabalho e por políticas de pleno emprego!
- Evento no Facebook: página oficial
- Outros cartazes bem feitos: aqui
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quinta-feira, 28 de junho de 2012
Os deuses finalmente ouviram-nos
«Itália na final, Alemanha fora do Euro», por David Andrade
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sexta-feira, 22 de junho de 2012
Cimeira Rio+20: reinvestir impostos dados aos poluidores em energia verde (petição)
Mais de um milhão de pessoas pediram aos líderes mundiais que acabassem com os subsídios aos combustíveis fósseis na Rio+20 – uma medida óbvia que poderia reinvestir um trilhão de dólares em impostos, que atualmente são repassados para grandes empresas petrolíferas, em energia verde. Mas eles se recusaram a atender esse pedido, mesmo com o apoio da UE, os EUA e da maioria dos países do G20! As negociações terminam em 48 horas. Agora é a nossa chance de salvar a Conferência e o futuro do planeta.
A presidenta Dilma é a anfitriã do encontro e tem o poder de reabrir a discussão e exigir um cronograma para acabar com esses subsídios poluidores, mas ela está pensando em se esquivar com um texto vago apresentado por uma equipe de burocratas. Nós podemos impedir o Brasil de seguir por este triste caminho.
Dilma tem 2 dias para emergir como uma líder global nas discussões sobre mudanças climáticas. Assine esta petição urgente agora e encaminhe para todos – quando tivermos 500.000 assinaturas, a Avaaz irá entregá-la diretamente às mãos de Dilma e publicar um anúncio publicitário impactante no Financial Times.
Posted by Daniel Melo at 08:00 0 comments
Labels: acordo, impostos, sustentabilidade
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Os contos dos irmãos Grimm fazem 200 anos!
Eis duas: a radiodifusão de estórias suas na TSF e o simpósio internacional «The Grimm Brothers Today», que arrancou hoje na FCSH, em Lisboa.
Posted by Daniel Melo at 09:30 0 comments
Labels: agenda cultural, colóquio, literatura infantil, Universidade Nova de Lisboa
terça-feira, 19 de junho de 2012
Recolocar a cultura na agenda pública
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Labels: agenda cultural, alternativa política, debate público, política cultural, sustentabilidade
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Reflectindo sobre Dickens no bicentenário do seu nascimento
Posted by Daniel Melo at 08:30 0 comments
Labels: agenda cultural, Charles Dickens, Universidade Nova de Lisboa
domingo, 17 de junho de 2012
Nova ronda eleitoral: 2.ª volta dá maioria parlamentar ao PS francês e centrão grego ganha por uma unha negra
«Maioria absoluta do PS travou entrada de Marine Le Pen no Parlamento francês», por Clara Barata
«Partido pró-austeridade venceu as eleições gregas», por Cláudia Sobral e Maria João Guimarães
Posted by Daniel Melo at 23:00 0 comments
Labels: alternativa política, austeritarismo, Eleições França, Grécia
domingo, 10 de junho de 2012
Saudades doutros tempos
A democracia segue dentro de momentos: onde é que já ouvimos isto?
Posted by Daniel Melo at 23:10 0 comments
Na Europa, há dois pesos e duas medidas
Posted by Daniel Melo at 23:01 0 comments
Labels: austeritarismo, Espanha
sábado, 9 de junho de 2012
Que, por uma vez, os deuses vejam futebol e imponham uma teca aos bárbaros
Posted by Daniel Melo at 18:47 2 comments
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Endividualismo? Um debate necessário
Manuel Maria Carrilho propõe-nos uma leitura da era actual assente na adesão voluntária de todos a um consumo interminável, ao crédito sem fim e na renúncia à responsabilidade individual (tudo junto criando o tal «endividualismo»).
É uma visão muito controversa e, em certos aspectos, muito colada a uma tendência autopunitiva do estilo 'o povo gastou o que não tinha e agora tem que pagar a conta', como se a dívida maior fosse equitativa e feita pelo 'povo' (p.e., quem propôs e negociou as PPP que estrangulam o Estado?).
Além disso, o crédito fácil em Portugal começou por volta de 2000, nuns dos governos Guterres do qual Carrilho fez parte, como relembrado oportunamente em comentário no final da transcrição do artigo do ex-ministro da cultura.
Ainda assim, vale a pena ler e reflectir sobre esse texto, porque interpela o modo de debater duma certa esquerda bem pensante, que nas últimas décadas se revelou débil na discussão aberta, construtiva e não dogmática de certos fenómenos novos (p.e., o financismo, o tecnologismo e o individualismo) que minaram as nossas sociedades e democracias.
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quarta-feira, 6 de junho de 2012
A sua bicicleta precisa de arranjo gratuito?
Então agora já tem onde ir: Cicloficina dos Anjos, 4.ªs feiras, 19-23h, R. Regueirão dos Anjos, 69.
Mais informações em «No Regueirão dos Anjos, convive-se sobre rodas e a oficina é de borla».
Posted by Daniel Melo at 07:00 0 comments
Labels: bicicletas, filantropia
Da liberdade de imprensa nos tempos que correm
Como comenta Sérgio Lavos no Arrastão: «Depois de Pedro Rosa Mendes [...], Relvas consegue uma vez mais que alguém incómodo para si deixe de fazer o seu trabalho de denúncia jornalística. Assim vão as coisas no país. Asfixia democrática?».
Posted by Daniel Melo at 00:00 1 comments
terça-feira, 5 de junho de 2012
Como assegurar ensino para todos: um debate recorrente
Posted by Daniel Melo at 22:51 0 comments
Ainda bem que reconsiderou, Olivença é ibérica
«Alcaide de Olivença retira carga bélica à recriação da Guerra das Laranjas», por Carlos Dias
Sobre o mesmo assunto vd. este post anterior.
Posted by Daniel Melo at 22:16 0 comments
Labels: Espanha, Guerra, identidade, memória colectiva, nacionalismo, Olivença, Portugal, povo
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Novas da frente cultural: cinema e museus
Posted by Daniel Melo at 08:00 0 comments
Labels: cinema português, motociclismo, museus, património, política cultural
quinta-feira, 31 de maio de 2012
História da resistência estudantil em colóquio
Posted by Daniel Melo at 09:00 1 comments
História da resistência conta agora com Mulheres de armas
Posted by Daniel Melo at 00:09 0 comments
Labels: agenda cultural, antifascismo, livros, resistência
terça-feira, 29 de maio de 2012
A ditadura síria acaba de assinar a sua sentença de morte
Posted by Daniel Melo at 22:30 0 comments
A União Europeia está prestes a acabar?
Posted by Daniel Melo at 22:03 0 comments
Labels: alternativa política, cartoon, cartoonista Martin Rowson, crise económica, humor, UE
terça-feira, 22 de maio de 2012
Lisboa acolhe Congresso Europeu do Património: aproveite-se a oportunidade para propor uma política cultural europeia
Posted by Daniel Melo at 00:18 0 comments
Labels: Cultura, património, política cultural, prémios, sustentabilidade, turismo cultural, UE
sexta-feira, 18 de maio de 2012
TPC pró troikó passos: mais 'empreendedor' que isto é difícil, mas permanece desempregado - como explicar?
Posted by Daniel Melo at 23:28 0 comments
quinta-feira, 17 de maio de 2012
São bem-vindos fóruns completos: para debate, intervenção e propostas
Posted by Daniel Melo at 22:52 0 comments
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Aonde leva o troikismo: 1 milhão de desempregados, a angústia como quotidiano
«Retrato: o desemprego tem rosto», blogue de Daniel Rocha
Posted by Daniel Melo at 23:34 2 comments
Labels: austeritarismo, cartoon, cartoonista Henrique Monteiro, desemprego, humor, Portugal
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Bernardo Sassetti (1970-2012): mágico cometa jazz
Posted by Daniel Melo at 23:20 1 comments
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Por uma política cultural para o cinema português (manifesto)
Tendo em conta o estado actual do Cinema português, que apesar de continuar a ser reconhecido no estrangeiro continua a não ser apoiado pelo nosso Governo, um grupo de organizações e pessoas ligadas ao sector, decidiram tomar a iniciativa de marcar uma acção de protesto em forma de sessão de cinema.
Será na próxima quarta feira, pelas 21h em frente à Assembleia da República. Aqui fica um pequeno texto criado por esta "plataforma":
TODOS AO CINEMA EM SÃO BENTO!
Porque um país sem cultura não tem futuro
Porque um país sem cinema não tem memória
Para todos os que se recusam a assistir passivamente ao seu extermínio, vamos projectar, ao ar livre, mais de 100 anos de cinema português.
Pela aprovação da nova lei do cinema!
Todos a S. Bento
9 de Maio, 4.ª feira, 21h
Entrada livre
Fontes: facebook; Cena.
Posted by Daniel Melo at 23:22 0 comments
Labels: agenda cultural, cinema português, política cultural
terça-feira, 8 de maio de 2012
Maurice Sendak (1928-2012), um autor que não se ralava de ser etiquetado de escritor de livros para crianças
Posted by Daniel Melo at 22:50 0 comments
domingo, 6 de maio de 2012
Da austeridade ao crescimento: eleições ditam reconfiguração política na Europa
Posted by Daniel Melo at 23:21 3 comments
Labels: alternativa política, cartoon, cartoonista Plantu, Eleições França, Europa, Grécia, humor
quinta-feira, 3 de maio de 2012
E eis senão quando um injustamente relegado obriga a reescrever toda a história da literatura portuguesa!!!
Posted by Daniel Melo at 18:20 2 comments
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Fernando Lopes (1935-2012): o pioneiro do «novo cinema português»
Posted by Daniel Melo at 22:23 2 comments
Labels: cinema português, cultura portuguesa contemporânea, Fernando Lopes, obituário