Sendo que 1) as desigualdades estão a aumentar, quando os lucros das grandes empresas também (e mesmo que não aumentassem); 2) os lucros são também (sobretudo?, apenas?) o resultado da produtividade dos trabalhadores.
Não deveria fazer parte de um programa político de esquerda uma obrigatoriedade das empresas, a partir de uma determinada margem de lucro, repartirem os lucros por todos os assalariados? E não seria isso apenas uma questão de justiça, recompensar a produtividade de todos os que produzem?
Não deveria fazer parte de um programa político de esquerda uma obrigatoriedade das empresas, a partir de uma determinada margem de lucro, repartirem os lucros por todos os assalariados? E não seria isso apenas uma questão de justiça, recompensar a produtividade de todos os que produzem?
Mensagens
3 comments:
Pois, talvez assim devesse ser. Na Alemanha, as empresas têm folhas de pagamentos que são dependentes dos resultados anuais da empresa. No caso de resutados mais positivos, um valor x. Mais negativos, um valor y, inferior. Pelo meio há mais uns dois ou três patamares. Noutros países dá-se um bónus por produtividade.
Em Portugal não se faz isso porque senão os lucros não cresciam, não é verdade? Se se for dar dinheiro aos trabalhadores, como é que sobra espaço apra os lucros crescerem? E depois queixem-se que os empresários precisam de despedir. Se houvesse essa partilha não dava para comprar o novo BMW que o anterior já tem três meses...
Não sei o que tem de ingénua essa ideia, a não ser a expectativa de que as sociedades humanas - pronto, a nossa, vá la - possam funcionar de forma justa e humana, já que pelos vistos até há outras em que se está mais próximo desse ideal - mas, é claro, os ideais são coisas de ingénuos ;)
P.S. - A mim as ideias ingénuas parecem-me as mais das vezes às direitas (salvo seja :P)
Enviar um comentário