Para quem cresceu no mito de que os EUA eram a pátria dos conservadores de direita, reaccionários e racistas, a situação actual pode parecer paradoxal senão mesmo inverosímil. Os EUA estão perto de eleger para presidente um afro-americano, de esquerda*. O terramoto político da semana foi esse afro-americano ter recebido o apoio de um outro afro-americano, de direita, ex-comandante das forças armadas, e ex-'Secretary of State'. Olho para a Europa liderada por Sarkozys, Berlusconis e Kaczyńskis, e pergunto-me em que país do velho continente será possível um dia aquilo que hoje é possível nos EUA.
* - por comparação com o panorama político europeu actual.
* - por comparação com o panorama político europeu actual.
3 comments:
lá voltamos à mesma. Isto é que argumentário de deslize racista. Se o McCain fosse mulato já ficava melhor? E o Sarkozy (também de origem estrageira) ou o Berlusco, etc., eram melhores às pintas? grrrr
Constato que nos EUA não só um afro-americano é o mais que provável próximo presidente, como um outro afro-americano tem peso político suficiente para causar o acontecimento político da semana, a duas semanas das eleições, apoiando o primeiro. Constato que na Europa não apenas não existe em país nenhum um negro com peso político que se veja, como temos líderes - brancos ou negros, pouco importa - com uma retórica nacionalista, xenófoba e mesmo racista (Sarkozys, Berlusconis e Kaczyńskis). Os EUA estão muitos anos à frente da Europa. Se esta simples constatação é um 'deslize racista', então eu sou um racista deslizante.
desliza, para não dizer ignora as diferenças na história, na cultura e na sociedade pelo mundo fora. No fundo, é tudo tipo concurso de misses, mas muito à frente.
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