sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Uma história triste e lamentável

Condenado em 2003 a 3 anos de prisão por desacato, o dissidente cubano Orlando Zapata Tamayo viu a sua pena aumentada para 28 anos, morrendo entretanto por greve de fome de protesto contra as condições prisionais. Há 38 anos que não ocorria uma situação idêntica. Zapata, que era membro da organização de defesa dos direitos cívicos Directório Democrático, fora considerado um dos 65 «prisioneiros de consciência» de Cuba pela Aministia Internacional. O regime considera estes como simples «mercenários» ou «agentes» a soldo dos EUA.
Por muito que Cuba viva uma situação aviltante de embargo político-económico, nada justifica este atentado aos direitos humanos. É uma história lamentável que, ao invés do que defenderão os mais afoitos, fica mal a um país que, justamente, se diz vítima dum embargo injustificável e atentatório dos direitos humanos também ele. A uma mais larga escala, certo, mas princípios são princípios, direitos são direitos.
Por arrasto, também não ficou bem na fotografia o premiê brasileiro Lula da Silva, por omissão, embora tenha sido o único dirigente político a lamentar o caso, até recentemente.

1 comments:

jrd disse...

Nunca me verão a tomar parte no coro dos que apoiam os gusanos,mas confesso que me sinto profundamente incomodado e já o manifestei.