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O primeiro respeita à rejeição, por parte de dirigentes do FMI, dalgumas das falácias que suportavam o neoliberalismo económico. Em estudo com chancela daquele Fundo, o seu economista-chefe Olivier Blanchard e outros dois analistas passaram a defender uma inflação mais alta (p.e., 4%, em vez dos 2% impostos pelo Banco Central Europeu); um controle sobre os fluxos de capital nos países em desenvolvimento; e o questionamento sobre a validade da redução de défices públicos num quadro de crise. Esta posição vem acentuar a orientação recentemente adoptada pelo FMI de pedir total prioridade para políticas públicas de fomento do emprego (vd. desenvolvimentos aqui).
O segundo indício é a opinião de George Soros sobre as graves limitações de política económica da zona euro. Em artigo publicado ontem no Financial Times («Euro will face bigger tests than Greece»), o capitalista e filantropo norte-americano afirma que a crise grega evidenciou as falhas do actual modelo de união económica e monetária da UE, sem mecanismos institucionais concertados (como políticas económica e orçamental comuns) para responder a crises. Para obviar a isso, sugere a consagração dum mercado de dívida europeu e a vigilância intrusiva. Mas as actuais decisões não vão nesse sentido, apesar de haver o risco de novas crises e da derrocada do euro (vd. desenvolvimentos aqui)...
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