É verdade, a cidade branca está cheia de genica, agora que se abeira a quadra mais libertária do ano.
Após a inauguração do memorial às vítimas da matança da Pascoela de 1506 (vd. tx. de Rui Tavares aqui), vêm aí mais motivos para evocações, agora da revolução dos cravos, do Maio de 68 e de Saramago.
A revolução é evocada na Malaposta (Olival Basto), no ciclo «Cinema e História - o 25 de Abril nos filmes». Dos 'clássicos' (Bom povo português; Torre Bela; Os índios da meia praia..) aos mais recentes (Retornados ou os restos do Império; Processo-crime 141/53 - enfermeiras no Estado Novo; Natal 71; Outro país; Amílcar Cabral..), há lá de tudo um pouco.
Quanto ao Maio de 68, e depois do colóquio internacional, é a vez do Instituto Franco-Português passar para o ciclo «Maio de 68 no cinema». É uma selecção de ouro, que decorrerá a 5-9 de Maio e será comentada por críticos como A. M. Seabra e Luís Miguel Oliveira. Terá ainda detalhes como refeições à la Mai 68.
Também arranca hoje a 5.ª edição do Indie Lisboa, alternando ficção e documentário, novo cinema romeno, José Luis Guerín, Johnnie To, etc. (até 4 de Maio, nos cinemas S. Jorge, Maria Matos e Londres).
Já Saramago tem direito a mega-exposição no Palácio da Ajuda, descrita pelo organizador como um novo conceito expositivo. Chama-se «A consistência dos sonhos» e fica até 27/7. Enquanto isso, prepara novo livro, A viagem de um elefante, para não deixar Lobo Antunes a escrever sozinho.
Além disto tudo, há a noite, os concertos (destaque para «Canções revolucionárias» e «20 canções para Zeca Afonso», respectivamente no Music Box e CCB), o teatro, os desfiles ensolarados, a praia, etc...
Aproveitem e divirtam-se, enquanto é tempo!
Nb: imagem de cartoon único do famoso cartoonista francês Siné, que se destacou no Maio de 68 com a sua revista L'enragé, mostrando um soldado português muito bem enfeitado :P
2 comments:
Daniel,
cravos e efervescência: foi bonita a primavera, pá....
olá Manolo,
aqui, hoje o Verão invadiu a Primavera.
Muito sol e luz, muita gente no desfile (apesar da tentação da praia), e convívio com os amigos, a ouvir coros alentejanos e, de vez em quando, também a acompanhar em uníssono algumas canções revolucionárias, na Casa do Alentejo.
Foi bonita a festa, pá, pois foi!
Um abraço,
Daniel.
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