domingo, 20 de abril de 2008

Melhor tinto do mundo é português

O Syrah 2005 da Casa Ermelinda Freitas foi eleito o melhor vinho tinto do mundo, na prova cega do concurso Vinailes Internacionales - 2008, realizado mês passado em Paris. O tinto português foi selecionado entre três mil vinhos, oriundos de 36 países. Parece-me que o preço da garrafa custa 32 euros (ou pelos menos custava). Como não sou especialista em vinhos, deixo para o Daniel a árdua missão da pesquisa empírica pra confirmar ou não a escolha francesa.

3 comments:

Daniel Melo disse...

Olá Manolo,
ausente por terras portuenses, só agora te posso agradecer e responder à tua lembrança.

Da Casa Ermelinda Freitas e dos seus Castelão a contento já aqui dei notícia e opinião.
Desse não falei pois não é para a minha bolsa, embora imaginasse que fosse menos carote e tenha curiosidade em o provar. Um dia, quem sabe? :P
Os monocasta Syrah costumam ser caros, tal como os Pinot Noir e os Merlot, mas esse está a um preço algo puxadote (há mais caros, é verdade).
Contudo, vê-se que esta é uma empresa com vocação, pois consegue fazer bons vinhos para diferentes públicos e bolsas.

Ao contrário do que muitos julgam por cá, os vinhos portugueses estão actualmente muito bem cotados junto de muitos enólogos, críticos e apreciadores estrangeiros. Os prémios vão-se acumulando, ainda há 1-2 anos os alvarinhos lusos baterem os seus irmãos galegos numa prova internacional luso-espanhola.
Dito isto, o público internacional, em geral, ignora o vinho português (excepto o vinho do Porto e o Gatão), pois este não consegue chegar na mesma quantidade e preço concorrencial do que o doutros países. Em parte nunca o conseguirá, pois tem pouca produção relativa e a que tem está muito disseminada (mas este bloqueio pode ser superado, se para tal houver vontade).
Mas até aqui a situação vai mudando aos poucos. Uma empresa do género da Casa Ermelinda Freitas, a DFJ, da Estremadura, exporta c. de 80% da sua produção, sobretudo para a Alemanha (calculo que seja para restaurantes), por isso, por cá é difícil encontrar alguns dos seus vinhos.

A propósito, hoje estive a beber um Porca de Murça Reserva 2005, estava bom mas não sou tão seu entusiasta como certos especialistas. Prefiro o seu vizinho Casa da Palmeira.

Tchim-tchim!

Sappo disse...

Salve, salve Daniel.

nada como um parecer de quem entende do assunto. por estas bandas tropicais há um forte preconceito (digo preconceito porque julgam sem se interarem) sobre os vinhos portugueses (que aliás, são bem baratos: o porca de murça é deles. preferem os argentinos e chilenos. mas, enfim, gosto não se discute. condena-se.

tim-tim e um abraço pra ti

Sappo disse...

ooopsss: digo "mau gosto"