quinta-feira, 17 de abril de 2008

O mundo no sofá

Caros amigos,

já aqui expressei a minha defesa acérrima das virtudes epistemológicas do sofá. Como dizia aquele grande filósofo (chamado Ruy... espera, sou mesmo eu afinal! Mas que grande filósofo que me saí! Não se esqueçam de me citar), "eu tenho grandes ideias quando estou a adormecer no sofá; é pena não me acordar delas quando acordo".

Penso, aliás, que o assunto é merecedor, no mínimo, de um debate público em local apropriado. Sim, porque o governo, uma vez mais, está a atropelar os nossos direitos ao obrigar-nos a trabalhar em cadeiras, bancos e outros derivados. Já não basta ter de percorrer distâncias a pé e tal.

Não preciso de recordar a importância histórica desta peça de mobiliário - o que é , no fundo, o trono real se não um protótipo de sofá? Pelo menos, lá estavam os braços acolchoados, e as almofadinhas (outro elemento merecedor do meu mais profudo respeito). Muito sangue se derramou por esse antepassado mobiliárquico (e não nobiliárquico).

Pois bem, a partir deste momento, é com prazer que partilho que deixei de ser Dom Quixote e já não sou o único a lutar por esta causa - que, confesso, parecia perdida.
Um grupo de amigos, colegas e visionários levou esta ideia para a frente e produziu aquilo que os ingleses chamam de cornerstone, ou seja, pedra no canto.

Ok, a analogia não foi a melhor. Vou tentar outra: é a primeira peça a avançar no jogo de xadrez. Ou outra: produziu a primeira página da próxima revolução intelectual:


A Globalização no Divã, 2008, Tinta da China


Recomendação: comprem este livro e deitem-se nos vossos divãs, sofás, vá lá, cadeirões. Verão o mundo com outros olhos (epá, devia ter vendido esta à editora, mas pronto). Não tentem é jogar xadrez ao mesmo tempo.

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