quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Copenhaga como reflexo do estado do mundo

Más notícias vêm-se acumulando a propósito da Cimeira de Copenhaga. Primeiro, foi uma lei especial que permite prender quem quer que se mexa, do estilo «são proibidos ajuntamentos de mais duma pessoa». A que se juntou um pesado dispositivo policial e seu exagerado protagonismo. Depois, foi  a confusão processual da própria cimeira - alguém consegue perceber o que se passa dia-a-dia? A que se juntaram as dificuldades extremas de convergência negocial. Hoje soube-se que a maioria das mais importantes ong's internacionais foram proibidas de entrar no espaço da cimeira, o Bella Center, apesar de estarem creditadas para o efeito (aliás, apenas 90 dos seus 22 mil representantes poderão entrar no centro!). É uma machadada grave na credibilidade do encontro, ainda que a organização tenha contraposto um espaço alternativo para seguir a cimeira, algures na cidade (enfim, écran por écran, os dirigentes associativos bem podiam ter ficado em casa).

Com isto tudo, faltam apenas 3 dias para acabar a Conferência de Copenhaga, uma maratona de 60 horas de negociações directas com os dirigentes de 110 países, facto inédito na política internacional. Uma das ong's interditas, a Avaaz, lançou uma nova mega-petição para pressionar no sentido de se alcançar um acordo ambiental justo, ambicioso e vinculante. Neste momento, já são mais de 11 milhões os seus subscritores. A Avaaz promete uma acção espectacular para apresentar a petição histórica na capital da Dinamarca. Porque o mundo precisa dum acordo pra valer.

2 comments:

jrd disse...

Se Copenhaga -Cidade- fosse o reflexo do mundo, o mundo estava salvo.

Daniel Melo disse...

Mas eu refiro-me a Copenhaga-Cidade-da-Mega-Cimeira...