O sindicalista e líder ambiental, Chico Mendes, assassinado há 20 anos no Acre, foi o grande homenageado do Fórum Social Mundial de Belém. O evento ocorreu na tenda dos “50 anos da revolução cubana”, onde a ex-ministra Marina Silva (meio ambiente) participou de rodada de depoimentos e defendeu uma mudança do modelo de desenvolvimento para a preservação do meio ambiente e desenvolvimento humano na Amazônia. “Por que apareceu dinheiro para resolver a crise da economia e não há recursos para resolver a crise ambiental global, que é muito pior que a financeira?”, questionou a ex-ministra e senadora pelo estado do Acre, que também não poupou críticas ao Fórum Mundial de Davos. “Talvez o Fórum Econômico devesse ter enviado emissários a este fórum, pois aqui é uma pororoca de idéia, mas também é uma pororoca de soluções”. Pra finalizar, foi declamado o poema de Pedro Tierra, “O grito verde que anda”.
Francisco. Chico. Chico Mendes.
Seringa. Seringueiro. Seringal.
Legião de homens e sonhos.
Verde rompendo o verde.
Punhal aceso na memória
da água, da pedra, da madeira.
Dos homens?
A sumaúma, a seringueira,
a pedra do monte Roraima,
o sangue que mina do tronco
nos seringais de Xapuri indagam:
onde a sombra exilada de Chico Mendes?
Organizador dos ventos gerais
que combatem depois das cercas,
de todas as cercas da terra...
Chico: um grito verde que não cessa.
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