domingo, 11 de janeiro de 2009

Tintin na terceira idade

Fez ontem 80 anos o infatigável repórter Tintin, presente no imaginário de milhões de petizes por esse mundo fora, desde o álbum inaugural Tintin au pays des soviets. A estreia foi auspiciosa, embora essa história tenha sido apontada como politicamente parcial. O seu autor, o belga Hergé, não escapou a outras críticas, como a de apologista do colonialismo belga em Tintin no Congo, obra depois retocada. Seja como for, ficam muitas histórias, imagens e personagens para a posteridade. Além do tempestuoso capitão Haddock, dos impagáveis Dupont & Dupond, do distraído cientista Tournesol e do cão Milu, não podía deixar escapar 3 personages portugueses: Oliveira da Figueira, o sábio prof. de Coimbra (em A estrela misteriosa) e o repórter do Diário de Lisboa (no Tintin no Congo).
Do trio, destaco o comerciante lisboeta Oliveira da Figueira, presente em 3 álbuns (Os charutos do faraó, Tintin no país do ouro negro e Carvão no porão), que, entre toda a sorte de bugigangas, conseguia ainda impingir caloríferos em pleno deserto, além de ser um bom conversador. E hospitaleiro: logo que conhece Tintin, celebra o encontro servindo-lhe um vinho do Porto, "vinho de Portugal, do sol do meu país" (+aqui).
Entretanto, muitos álbuns se venderam (+230 milhões) e muito merchandising se fez com esta figura. E, também, muitas revisitações: como as doutros autores, mais simpáticas ou mais cáusticas (Bilal é um bom ex.) ou as turísticas, inúmeras e para todos os gostos, como seria de esperar. Uma simples pesquisa na Internet revelará coisas interessantes, como t-shirts do Tintin em Goa, na Tailândia, de regresso aos EUA, no Irão, etc...
Mais inf. aqui e aqui.

0 comments: