Não é um policial, mas bem podia ser. É apenas mais um caso dos tempos que correm: o famoso Monsieur Hulot não pôde aparecer de cachimbo no anúncio à retrospectiva organizada pela Cinemateca Francesa, devido às leis antitabágicas. Pior do que isso: no lugar do cachimbo, surge uma disparatada mini-ventoínha, símbolo do metro de Paris (vd. aqui), empresa que, pelos vistos, tem alguém muito manholas a trabalhar na publicidade lá da casa. Costa-Gravas, director da Cinémathèque Française, também parece ter sabido aproveitar bem a ocasião, granjeando até o apoio da Liga dos Direitos do Homem.
Mas nem tudo são desgraças (ao invés do que pode levar a crer o supracitado diário): no site da Cinemateca Francesa, Hulot surge imaculado, com o seu adereço inconfundível. Vale a pena dar uma espreitadela. Tem excertos da banda-sonora do filme O meu tio e está muito apelativo em termos gráficos. A retrospectiva só acaba em Agosto. Jacques Tati, se fosse vivo, teria aqui bom material para fazer mais uma crónica irónica à «vida moderna».
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