segunda-feira, 9 de junho de 2008

A gaffe «puro sangue» do nosso PR

Em declarações aos media, o PR Cavaco Silva disse hoje que não queria comentar a actualidade política, porque "hoje só quero sublinhar o dia da raça..." [pausa para 'pensar'] "... de Camões, de Portugal".
Vamos lá contar as gaffes: já não há «dia da raça», isso era no tempo do «Botas». E não, hoje ainda não é 10 de Junho, há que esperar ainda um pouquinho, tanta ansiedade para quê?
Enfim, lapsus linguae em forma de gaffes estivais, ou fixações a mais no 10 de Junho?
Em homenagem, aqui fica uma colecção de raças para o nosso PR.
Nb: imagem retirada daqui.

6 comments:

F. Penim Redondo disse...

Explorar este tipo de lapsos de um homem tímido não leva a parte nenhuma.

Daniel Melo disse...

Veio em todos os telejornais, de ontem e de hoje, e na agência LUSA.
Hoje, o PR, no seu "tímido" discurso do 10 de Junho, exortou os portugueses a serem "mais rigorosos e exigentes".
Ora bem, e que tal dar o exemplo, e aceitar que também se engana?
E, já agora, que tal ser também ele mais exigente, e evitar 'números' como o da ida à Madeira, a 'abençoar' Alberto João Jardim e a sua democracia rigorosa e exigente?

João Miguel Almeida disse...

A raça portuguesa só pode ser rafeira :)
Agora a sério a «gaffe» de Cavaco teve dois aspectos: o mais delirante foi falar de «raça». Mas se em vez de raça tivesse falado de Nação, Pátria ou Portugal a frase também soava mal - evitar responder a uma pergunta sobre a greve dos camionistas com uma tirada nacionalista é outra forma de evocar o fascismo, nas suas versões mais duras e mais suaves. Esvaziar os conflitos sociais na mística nacionalista foi o projecto do fascismo.
É claro que nas «gaffes» o acaso joga sempre o seu papel. Se Cavaco estivesse a inaugurar uma ponte teria dito «estamos aqui para falar da ponte». Escorregando no «tapete» da «raça» o trambolhão foi maior.

Sofia Rodrigues disse...

Genial, Daniel.

Daniel Melo disse...

João Miguel, o teu comentário é oportuno e vem densificar a abordagem.
De facto, o dia-a-dia no Palácio rosa de Belém é muito duro e, pelos vistos, dado a desvarios nebulosos.
A culpa é da maresia e da traquitana toda que ensombra aquela zona da capital, ainda com uma praça chamada do Império e outros cacos brumosos que por ali ainda encalham...

Daniel Melo disse...

Sofia, obrigado, lá me vou esforçando para tentar igualar o teu dom literário-estilístico-bloguítico ;)