Le capitalisme financier n'est pas seulement anglo-saxon. Il est universel et a de beaux jours devant lui, tout simplement parce qu'il n'est pas une création arbitraire, comme pouvait l'être un système de type soviétique. Ce capitalisme-là est l'expression d'innombrables processus spontanés créés pour répondre aux besoins des êtres humains. Il remplit deux fonctions fondamentales : orienter les ressources d'épargne vers les activités où elles obtiennent la plus forte rentabilité et prendre en charge les risques de la manière la plus efficace. Certes, le capitalisme financier ne peut pas remplir ces fonctions de manière parfaite, parce que l'information ne peut jamais être parfaite. Mais il les remplit mieux que n'importe quel autre système imaginable.
Les difficultés actuelles ne sont en rien une manifestation de la faillite de ce système. En effet, la crise financière est essentiellement une crise de l'interventionnisme étatique. Elle résulte en particulier de l'extraordinaire instabilité de la politique monétaire américaine au début du XXIe siècle, politique monétaire qui n'est évidemment pas contrôlée par le marché, mais décidée arbitrairement par des autorités publiques.
Pour que ce capitalisme financier prenne fin, il faudrait ou bien que tout le système financier soit étatisé - ce qui est exclu - ou qu'il explose parce qu'il constituerait un système incohérent, ce qui n'est pas le cas. Sur le long terme, la crise actuelle apparaîtra comme un simple accident de parcours qui aura peut-être permis de liquider les entreprises financières les plus mal gérées et d'inciter les autres à mieux évaluer les risques. La plus grande menace vient du renforcement probable des réglementations.
E isso mesmo camarada! Para acabar com a crise, devemos acabar com a regulação dos Estados. E isso, mesmo se os mercados não conseguem entendê-lo : porque é que Wall Street esta em cada quando o congresso não aprova o Plano Paulson. Se o mercado (quem é esse?) fosse inteligente e realmente liberal, ele devia receber essa recusa (com a ajuda dos mais liberais dos republicanos) com champagne.
PS : o autor do texto citado chama-se Pascal Salin. Segundo me dizem é um dos economistas mais liberais por terras francesas.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
A ideologia no seu melhor (ou pior)
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Uma pergunta ingénua
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Zèd
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segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Ministro culpa a democracia pelo desmatamento da Amazônia
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) denunciam que o desmatamento da Amazônia brasileira mais que dobrou em agosto na comparação com o mês anterior. Foram mais de 756 quilômetros quadrados de floresta derrubada. Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, as responsáveis por este novo aumento da área desmatada são as campanhas eleitorais municipais (???). De certo, estão a usar todas essas árvores pra produzirem cartilhas de suas respectivas campanhas, não é senhor ministro?. Vai ser democrata assim no raio que o parta. Mais...
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Sappo
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Ler -
Depois de um regresso algo frouxo, o Câmara Clara, de ontem, sobre a leitura infanto-juvenil resultou em aceso debate entre Isabel Alçada e Francisco José Viegas.
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Sofia Rodrigues
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Não sei se dá para rir, se para chorar...
Dois velhos camaradas de partido encontram-se, e diz um para o outro:
- Afinal, tudo aquilo que nos contaram sobre o comunismo era mentira.
Ao que o outro responde:
- Mas isso nem é o pior. O pior é que tudo o que nos contaram sobre o capitalismo era verdade.
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Zèd
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O “sim” dá uma surra na elite. E o Equador aprova nova Constituição.
Segundo as primeiras sondagens, o projeto da nova Constituição do Equador foi aprovado por aproximadamente 70% dos eleitores no referendo realizado hoje, resultado que fortalece sobremaneira o presidente Rafael Correa e dá a ele carta branca pra promover as mudanças sociais e econômicas fundamentais ao país, carcomido por uma elite política corrupta e neoliberal. Com a aprovação do novo texto constitucional, os equatorianos iniciarão um regime de transição no qual uma comissão regulará as atividades do Estado até a realização de eleições gerais, inclusive para a Presidência, previstas para o início do ano que vem. Entre as mudanças aprovadas, destaco estas:
Propriedade - Além da propriedade pública e privada, o Estado deverá garantir o direito à propriedade comunitária, associativa, cooperativa e mista. O novo texto constitucional dá poderes ao Estado de expropriar terras não produtivas para a reforma agrária e os latifúndios serão proibidos.
Economia - A substituição da "economia de mercado" pela "economia social". Ou seja, caberá ao Estado o controle de setores considerados estratégicos, como o petróleo, mineração, telecomunicações, água e agricultura. Neste caso, o Banco Central deixará de ser autônomo e a política monetária será regulamentada pelo Poder Executivo.
Aborto - O direito à mulher de decidir quantos filhos pretende ter. Apesar de não despenalizar o aborto, o texto deixa brechas para a interrupção da gravidez.
União civil homossexual - A aprovação da união civil entre os homossexuais, com os mesmos direitos dos matrimônios heterossexuais.
Drogas - O uso de drogas passará a ser tratado como uma questão de saúde pública, não mais como ato criminoso. Qualquer tipo de punição aos usuários de drogas está proibido. Mais...
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Sappo
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domingo, 28 de setembro de 2008
sábado, 27 de setembro de 2008
Cash for Trash
"Cash for Trash", por Paul Krugman. O plano de 700 mil milhões de dólares para salvar Wall Street talvez não seja assim tão boa ideia.
"As Wall Street collapses, will Washington get a Clue?", por Nomi Prins.
E a pergunta mais interessante dos últimos tempos: "I was imprisoned for my role in Barings' collapse. Who will face justice for this recklessness today?" por Nick Leeson.
(via "Courrier International")
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Zèd
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HELP!!!! É o Bush em ritmo de Beatles...
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Sappo
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Provérbio tradicional chinês (adaptado à cartilha neo-liberal)
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sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Não deixem o Zé Manel Fernandes ler este post, pode agravar-lhe a azia
http://www.avaaz.org/po/global_finance_action/97.php?CLICK_TF_TRACK
Obrigado,
A equipe Avaaz
--------------------------------
Amig@s,
Semana passada um dos maiores bancos de investimentos do mundo, o Lehman Brothers, declarou falência com uma dívida de $613 milhões de dólares. Antes dele vieram abaixo a Fannie Mae e Freddie Mac as maiores corretoras EUA e a seguradora AIG. Para evitar um colapso total da economia e o pânico nas bolsas de valores, os Estados Unidos lançaram um pacote econômico astronômico. Um governo que antes defendia o mercado livre, auto-regulado, agora está intervindo com um cheque de USD$ 700 bilhões para Wall Street. Quem vai pagar a conta? Os contribuintes. O pacote econômico do governo logo vai afetar o bolso da classe média, a garantia de empregos, de moradia, poupanças e previdências sociais.
A crise já abalou a Europa, chegou na China e Ásia, e promete alcançar o resto do mundo. Devemos nós pagar pela irresponsabilidade das instituições financeiras dos Estados Unidos?
Cidadãos comuns do mundo todo estão se sentindo impotente perante as forças do mercado e a promessa de uma forte recessão. O sistema financeiro é tão complexo que poucos conseguem entender, muito menos se manifestar sobre este assunto tão importante. Mas esta semana nós conseguimos uma chance única de agir e demandar maiores regulamentações para o mercado financeiro. Nossa campanha será apresentada para líderes Europeus e pretendemos entregá-la também para o Congresso dos Estados Unidos e o próximo presidente americano. Para apresentar está petição à líderes globais, precisamos de um grande número de assinaturas, portanto clique no link para assinar a petição:
http://www.avaaz.org/po/global_finance_action/?cl=129697843&v=2168
O mercado financeiro global é pouco compreensível para um leigo em economia, as regras que o governam estão cheias de pequenas falhas e brechas. Nas últimas décadas as instituições financeiras se aproveitaram de uma política de mercado livre com uma regulamentação mínima. Quando o mercado finalmente ruiu, eles ficaram com uma dívida enorme que agora será paga com dinheiro público. Até os neoliberais mais radicais que pregam o livre comércio estão pedindo regulamentações mais fortes. A segurança econômica da população não pode mais ser colocada em risco, o mercado financeiro precisa de regulamentações mais rígidos que os responsabilizem pelas suas ações.
Entre os que apóiam um mercado mais monitorado está o Ex-Primeiro Ministro da Dinamarca, Poul Rasmussen. Ele se aliou à Avaaz para entregar nossa petição para um encontro de líderes europeus onde uma proposta de reformulação do mercado financeiro será discutida. Segundo Rasmussen, é importante demonstrar a mobilização da sociedade civil global em resposta à crise, mostrando para líderes europeus e globais que a opinião pública quer mais transparência e regulamentação: “Uma reforma do mercado financeiro é um passo fundamental em direção à uma globalização mais justa. Sua voz pode contribuir para isso”.
O mercado financeiro global está interligado e todos serão afetados, desde o operário até o alto executivo, da Ásia à América do Sul. Os governantes ainda estão em choque sem dar boas explicações nem apresentar soluções. Precisamos unir nossas vozes agora, enquanto o futuro ainda está sendo definido. Assine a petição no link abaixo e encaminhe este email para seus amigos e familiares:
http://www.avaaz.org/po/global_finance_action/?cl=129697843&v=2168
Com esperança e determinação,
Paul, Graziela, Ricken, Ben, Iain, Veronique, Brett, Pascal, Milena e toda a equipe Avaaz
Leia mais:
Congresso dos EUA estuda resgate financeiro de 700.000 bilhões de dólares - AFP: http://afp.google.com/article/ALeqM5iBvQKdiCJ63E2JFV-SUxzFQkw9Sg
Crise vai durar pelo menos até 2009 - Estado de São Paulo: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080921/not_imp245517,0.php
Entenda a crise financeira que atinge a economia dos EUA - Folha Online: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u447052.shtml".
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Daniel Melo
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Frases feitas para os dias que correm (da cartilha neo-liberal)
"Lucros privados, prejuízos públicos."
"Não deixes que os factos atrapalhem uma boa estória."
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Zèd
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quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Serpentine Gallery
Neste fim de Setembro não tão chuvoso, há duas razões para visitar a Serpentine Gallery em Hyde Park. Uma é o pavilhão de Verão, um projecto arquitectónico que vai no seu nono ano e que é sempre uma agradável surpresa não só em termos de design e espaço, mas também graças ao cafézito cheio de iguarias "trendy" e ainda ao programa de eventos Park Nights. A outra é a exposição de Gerhard Richter. As 49 composições têm umas cores fabulosas, brilhantes e luminosas. Cada uma delas é constituída por 100 painéis coloridos que perfazem um total de 4,900 painéis montados pelo próprio Richter especificamente para a Serpentine e a pensar no espaço da galeria. Ritcher recorreu a um complexo sistema de "acaso controlado", que envolveu inclusivamente o uso de um dado para decidir a posição de cada um dos painéis e a localização de cada conjunto. As pinturas podem ser montadas e desmontadas ou configuradas de maneira a formarem uma obra singular gigantesca. Cada exposição é assim completamente única e uma festa para os olhos.
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Paula Tomé
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Também não entendo patavina, não é?

“Um incêndio num cinema, que gera um movimento de massas produto das diferentes acções individuais - ou seja um sistema complexo - o interesse de todos é sair em segurança do cinema, e os agentes são responsabilizados pelo risco que correm, e da pior maneira. No entanto, se deixarmos um cinema em chamas entregue à emergência expontânea de um padrão de auto-regulação sabemos bem qual é o resultado. Pelo contrário se existir uma rígida regulação exterior, estabelecida a priori, como - sei lá - por exemplo um plano de evacuação, o resultado é bem mais satisfatório”
O que não entendes Zèd, é que aqueles que vão morrer no cinema são os pobres e os imprevidentes. Os ricos e os previdentes (que são muitas vezes os mesmos, o dinheiro permite pagar à previdência) podem comprar lugares mais caros porque mais perto das saídas de emergência. Os que não tiveram dinheiro para pagar esses lugares sofrerão as consequências. Moral da história : nessas crises, alguns safam-se sempre. E não será essa a razão que explica que esse sistema desigual é adorado por alguns?
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Victor
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A dupla do barulho
A Rússia emprestará US$ 1.000.0000.0000 à Venezuela para que o país sul-americano compre suas armas, num total de US$ 2.000.000.000. Este foi o acordo fechado entres os presidentes Hugo Chávez e Dmitry Medvedev. Só para lembrar: nós últimos 3 anos, a Venezuela gastou mais de US$ 4.000.000.000 com a compra de armamentos só da Rússia. Será este o tal “socialismo do século XXI” de que tanto fala Chávez? Mais...
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Sappo
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quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Grande Rui!
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Desfazendo equívocos, a propósito de Maria Keil e duma recente polémica
O metro de Lisboa tem uma das colecções de arte pública mais singulares entre todos os metros do mundo, com os seus painéis de azulejos revistindo as suas estações, da autoria de vários artistas portugueses e estrangeiros. A ideia original foi do arq. Francisco Keil do Amaral, que pediu à sua esposa, a artista plástica Maria Keil, uma intervenção artística nas estações inaugurais, obra que executou gratuitamente. Posteriormente, foram convidados outros artistas, até que, há c. de 9 anos, alguns dos painéis de Maria Keil foram destruídos pela administração da empresa, aquando da renovação da estação dos Restauradores. A memória e arte desta prestigiada artista estiveram em vias de ser sacrificadas por uma administração sem gratidão nem visão. Dada a gravidade de tal atitude, houve uma campanha contra isso, o que levou a um repensar da questão pela empresa que, entretanto, convidou Maria Keil para renovar os painéis que fizera na estação de S. Sebastião da Pedreira.Nb: imagem de pormenor de painel de Maria Keil retirado daqui.
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Daniel Melo
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The Economist organiza eleição mundial pra presidente dos EUA
Através de sua web, o jornal The Economist colocou em andamento uma iniciativa que permite a qualquer cidadão deste mundo “votar” nas eleições presidenciais dos Estados Unidos da América. Basta cadastrar-se e pronto. O sistema adotado pelo portal reproduz fielmente o adotado no país, ou seja: quando um americano vota na eleição presidencial, não está votando diretamente no candidato, mas num grupo de pessoas iluminadas denominadas “elector”. Esses “eleitores” (pessoas que integrem os quadros dirigente dos partidos, ou que ocupem cargos políticos, ou antigos membros do Congresso) formam um tal “Electoral College”, que de fato é quem escolhe o presidente que os governará por quatro anos, promoverá guerras pelo mundo e, enfim, fará o que bem entender noutros países. O que não deixa de ser um processo eleitoral virtual, cá entre nós. Então, já que é assim, vamos lá ao “Global Electoral College” cumprir o nosso dever cívico.
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Sappo
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Deve ser do excesso de regulação
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Zèd
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terça-feira, 23 de setembro de 2008
US$ 700.000.000.000 + US$ 3.000.000.000.0000 = US$ 14.000
Este é o preço que cada cidadão norte-americano deverá pagar pelas burradas de seu governo republicano. Se somarmos os 700.000.000.000 dólares (mas há quem diga que é pouco e que o necessário seria 1.000.000.000.000), que deverão ser usados para sanear o setor financeiro, com o custo previsto da guerra do Iraque de 3.000.000.000.0000 de dólares, cada alma viva dos EUA deverá pagar 14.000 dólares. Mas o pior de tudo é que não pagarão sozinhos esta merda. Vai sobrar pra todos nós.
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Sappo
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If one thing matters: a film about Wolfgang Tillmans
O Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa (Queer Lisboa 12) já está a decorrer desde o fim de semana passado. Mais filmes e uma nova secção: Queer Art que inclui documentários, longas e curtas que combinem arte e homossexualidade e em que se destaca o documentário sobre o fotógrafo alemão Wolfgang Tillmans (destaque meu, naturalmente)
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Sofia Rodrigues
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Lista da memória entregue a Garzón
Foi ontem entregue a lista contendo parte das vítimas do franquismo, respondendo a um pedido do juiz Baltasar Garzón. Dela constam quase 150 mil pessoas. As associações de recuperação da memória tiveram 2 semanas para responder a este pedido, tal como mencionámos neste post anterior.
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Daniel Melo
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O país dos jeitinhos, das derrapagens e das excepções à regra
Retomando o post de ontem, outra má notícia é o facto do governo ir criar um regime de excepção para as obras na frente ribeirinha da capital, possibilitando ajustes directos de obras até 5 milhões de euros, quando uma lei PS de Janeiro passado só possibilitava essa prática até 1 milhão de euros. A justificação é a urgência da obra, dada a sua inserção no programa de comemorações do Centenário da República. Pasma-se de tanto despautério: o que é que uma coisa tem a ver com a outra?! Será que tem antes a ver com as eleições que se avizinham e a gula de mostrar obra a torto e a direito? É caso para dizer: e viva o foguetório. Depois da saga das derrapagens orçamentais nas grandes obras públicas e das milhentas excepções aos planos de ordenamento (de que os PINS são a cereja no bolo), eis mais um mimoso expediente para agradar a uns quantos. O interesse público, esse, fica entalado entre outros interesses.
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Daniel Melo
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segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Será mesmo o fim de Amy Winehouse ou marketing?
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Sappo
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Novas de Lisboa
Agora que a rentrée assentou arraiais, há várias novidades em Lisboa, umas boas, outras más.Nas boas, está a assunção, pela vereadora Helena Roseta, de pastas da habitação, designadamente a resolução do mau estado do mercado habitacional na cidade, com c. 60 mil prédios devolutos imobilizados e em degradação. Segundo um estudo da EPUL, destes só 10% necessitam de obras de vulto (vd. aqui, Público, 20/IX, p. 21). Para resolver o problema habitacional, a EPUL propõe um seguro de renda para senhorios, que lhes daria confiança no arrendamento, sendo esta uma das razões para o não arrendamento de parte destas casas. Sugere ainda o alargamento dos programas de reabilitação (RECRIA) aos fogos devolutos, com coordenação desta empresa municipal e obrigatoriedade do seu arrendamento posterior, de preferência para jovens e idosos. São excelentes ideias, só se espera que não tardam a ser efectivadas.
No lado das más notícias, está a trapalhada da não candidatura a apoios europeus para a melhoria das escolas públicas, devido à não entrega dum parecer obrigatório. Sendo esta a área prioritária da actual governação, não se compreende como foi possível tal desleixo. Talvez por ter sido em Agosto explique alguma coisa… Quando não há planeamento atempado pode dar nisto.
Mas há casos que nem com planeamento blindado a coisa sai bem. É o caso do terreno municipal cedido à AECOPS (Associação das Empresas de Construção e Obras Públicas) para a construção da sua sede, que o vendeu 10 vezes mais caro a particulares (vd. aqui). Esta associação deixou de estar interessada no terreno, mas não no dinheiro. Os planos directores aprovaram aquela excepção, por ser para uma associação com serviço prestado num sector económico importante (argumento do antigo presidente Krus Abecasis), e agora fica a questão: pode-se vender um terreno a terceiros quando ele foi cedido para um certo fim e, por isso, contemplado com um regime de excepção? Só há uma forma de resolver esta complicada questão da cedência de terrenos/ imóveis municipais a associações (que já criou as célebres confusões com os terrenos para certos clubes de futebol): é criar regulamentos específicos bem feitos.
Para amanhã, deixo-vos uma notícia lamentável, que envolve a capital e o governo central.
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Daniel Melo
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domingo, 21 de setembro de 2008
E é assim que percebemos que um pouco de cultura científica e alguns conhecimentos de lógica fazem muita falta
Os sistemas complexos podem gerar pelo menos dois tipos de cenários para além dos padrões de auto-regulação: as catástrofes, ou seja o colapso puro e simples do próprio sistema como no caso da maioria das mutações, ou os sistemas com uma dinâmica caótica (ver por exemplo este livro, não canso de me repetir). Dos três, na minha humilde estimativa, os sistemas auto-regulados são indubitavelmente o cenário mais improvável.
P.S. - Mas o mais fenomenal é ver João Miranda a perguntar "Qual é a evidência empírica" para não sei o quê. A crise financeira está de facto a ter consequências inesperadas, quem diria que o João Miranda se preocupa com evidências empíricas.
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quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Sell! Sell! (ou "É a estupidez do mercado a funcionar")
Some economists worry that a psychology of fear has gripped investors, not only in the United States but also in Europe and Asia. While investors’ decision to protect themselves may be perfectly rational, the crowd behavior could cause a downward spiral with broader ramifications.
P.S. - Para que tudo continue segundo a ordem natural das coisas só falta os liberais de serviço virem explicar-nos que a culpa da crise financeira é o excesso de regulação por parte do estado.
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Zèd
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Memória Histórica: restos mortais de García Lorca serão exumados
LA COGIDA Y
Eran las cinco en punto de la tarde.
Un niño trajo la blanca sábana
a las cinco de la tarde.
Una espuerta de cal ya prevenida
a las cinco de la tarde.
Lo demás era muerte y sólo muerte
a las cinco de la tarde.
El viento se llevó los algodones
a las cinco de la tarde.
Y el óxido sembró cristal y níquel
a las cinco de la tarde.
Ya luchan la paloma y el leopardo
a las cinco de la tarde.
Y un muslo con un asta desolada
a las cinco de la tarde.
Comenzaron los sones del bordón
a las cinco de la tarde.
Las campanas de arsénico y el humo
a las cinco de la tarde.
En las esquinas grupos de silencio
a las cinco de la tarde.
¡Y el toro, solo corazón arriba!
a las cinco de la tarde.
Cuando el sudor de nieve fue llegando
a las cinco de la tarde,
cuando la plaza se cubrió de yodo
a las cinco de la tarde,
la muerte puso huevos en la herida
a las cinco de la tarde.
A las cinco de la tarde.
A las cinco en punto de la tarde.
Un ataúd con ruedas es la cama
a las cinco de la tarde.
Huesos y flautas suenan en su oído
a las cinco de la tarde.
El toro ya mugía por su frente
a las cinco de la tarde.
El cuarto se irisaba de agonía
a las cinco de la tarde.
A lo lejos ya viene la gangrena
a las cinco de la tarde.
Trompa de lirio por las verdes ingles
a las cinco de la tarde.
Las heridas quemaban como soles
a las cinco de la tarde,
y el gentío rompía las ventanas
a las cinco de la tarde.
A las cinco de la tarde.
¡Ay qué terribles cinco de la tarde!
¡Eran las cinco en todos los relojes!
¡Eran las cinco en sombra de la tarde!
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Sappo
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quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Carla Bruni incomoda as noites de Sarkozy. Cantando.
A cantora e primeira-dama da França (não necessariamente nesta ordem), Carla Bruni, foi ontem uma das atrações do programa "Later... with Jools Holland" exibido pela BBC. Durante a entrevista, ela disse que incomoda o marido com sua música no meio da noite. Bem, se até Sarkozy se incomoda com a música melodramática (no seu pior sentido) e de gosto duvidoso da Senhora Multimídia, o que dirá os nossos ouvidos mais exigentes? Aqui vídeo da entrevista e música "Tu Es Ma Came" (realmente, não sei o que é pior).
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Sappo
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Aulas de História na primeira pessoa

O filme alemão "The Wave" (Die Welle) estreia em Londres na sexta e em Portugal em Novembro. Hoje li com interesse a entrevista com o professor americano Ron Jones que nos anos 60 terá conduzido a bizarra e ousada experiência sobre o fascismo em que o filme se baseia. Gostei muitíssimo da entrevista e fiquei com vontade de ver o filme. A experiência em si terá dado muito que falar e percebe-se porquê. É que, como diz Ron Jones, "We're all capable of this nightmare." Interessante ainda ser um filme alemão que o autor da experiência acredita que jamais teria sido feito nos EUA e que não vai passar nos EUA.
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Paula Tomé
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Às vezes bem me apetecia mandar-vos todos pró caneco
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Daniel Melo
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terça-feira, 16 de setembro de 2008
O que faremos agora com Adão e Eva e o fruto proibido?
O Vaticano disse nesta terça-feira que a teoria da evolução é compatível com a Bíblia, mas não planeja um pedido de desculpas póstumo a Charles Darwin pela fria recepção dada a ele há 150 anos. O arcebispo Gianfranco Ravasi, o ministro da Cultura do Vaticano, deu a declaração durante o anúncio de uma conferência de cientistas, teólogos e filósofos que acontecerá em Roma em março de 2009, marcando os 150 anos da publicação da obra "A Origem das Espécies" de Darwin. "Talvez devêssemos abandonar a idéia de emitir pedidos de desculpas como se a história fosse um tribunal que está eternamente em sessão", disse Ravasi. Mais... Nb: Imagem - Adão e Eva, 1531 - quadro renascentista de Lucas Cranach, o Velho (Staatliche Museen, Berlim)
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Sappo
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22:32
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Deixem-se de deturpações, já chega, não gosto
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Daniel Melo
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segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Richard Wright – Pink Floyd (1943 – 2008)
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Sappo
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Labels: música pop, Pink Floyd, Richard Wright
Igreja da Inglaterra pede desculpas a Charles Darwin
A Igreja da Inglaterra (Anglicana) pediu desculpas oficialmente a Charles Darwin por não ter acreditado em sua teoria da evolução e assim ter levado muitas pessoas a pensarem de maneira errada sobre a origem das espécies. "Charles Darwin: 200 anos depois de teu nascimento, a Igreja da Inglaterra te deve desculpas por interpretar-te mal” (...) Com estas palavras, o reverendo Malcolm Brown assinala o equívoco “demasiadamente emocional” dos anglicanos em relação à sua obra, publicada em 1859. Mais...
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Labels: Charles Darwin, ciência, Igreja Anglicana
Os 10 “mandamentos” do sexo ecologicamente correto
Não morro de amores pelo Greenpeace. Entretanto, não posso deixar de achar sui generis o artigo “Cómo ‘enverdecer’ tu vida sexual”, publicado pela filial mexicana no início de agosto, mas só agora descoberto por mim. Sob o slogan “ser verde nunca foi tão erótico”, o tal guia pretende promover um sexo amigo do meio ambiente. O primeiro “mandamento” da cartilha diz que os amantes devem apagar as luzes durante o sexo como uma forma de economizar energia (pelo menos essa). Já no último, o Greenpeace orienta que se “faça amor, não guerra”. Está aí uma boa sugestão de leitura para a senhora Palin. Abaixo transcrevo alguns dos “mandamentos” e aqui está a íntegra do texto. - Não consumir ostras, mariscos e camarões. Use óleos ou sabões aromáticos para esse fim.
- Utilize apenas lubrificantes à base de água, nunca à base de petróleo ou vaselina.
- “Brinquedos” eróticos de PVC devem ser evitados.
- Banhar-se junto com o parceiro(a) para economizar água.
- A madeira da cama deve ser de uma empresa ecologicamente responsável.
Imagem retirada daqui.
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Sappo
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Insegurança celestial
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Daniel Melo
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sábado, 13 de setembro de 2008
Creio que os efeitos do LHC já afetam a blogosfera. É assim que o Firefox está a “enxergar” o Peão. Alguém pirou ou isto tem explicação?
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Sappo
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08:44
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Honrar os mortos: Garzón intercede pelas vítimas do franquismo
No dia 1 deste mês, a Espanha acordou diferente. Com uma iniciativa simples e justa, o super-juíz Baltasar Garzón virou uma página da história recente espanhola que teimava em não passar.
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Daniel Melo
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00:37
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sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Quem corre por gosto...
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Daniel Melo
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22:32
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Sarah Palin, a senhora guerra

Nb: Há algum tempo tenho encontrado dificuldades para postar, principalmente depois que instalei em meu PC a última versão do Firefox. Hoje, porém, a coisa foi além do razoável. Postei uma foto de Sarah Palin de biquíni e com uma arma. Quando me dei conta que se tratava de uma foto-montagem, tentei substituí-la ou explicar a sua origem. Mas não consegui nem uma coisa nem outra. O Blogspot “travou” como uma mula e não aceitou qualquer comando de alteração. Só agora, navegando pelo Google Chrome é que consegui fazer a alteração desejada. Peço desculpas a todos.
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Sappo
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20:58
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Labels: eleições americanas, Sarah Palin
;)
O vice de Obama, Joe Biden, é realmente o um trapalhão (ou quem sabe um milagreiro, sabe-se lá). Em seu discurso no Missouri, ele quis homenagear o senador Chuck Graham e disse: "Chuck, levante-se para as pessoas poderem vê-lo". Graham é paraplégico e estava numa cadeira de rodas.
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Sappo
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10:52
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Labels: eleições americanas, Joe Biden
O faz-me-rir Zédu
Que a vitória por mais de 80% dos votos do MPLA nas legislativas de Angola não seja lá uma surpresa, tudo bem. Mas a promessa de José Eduardo dos Santos de afastar do governo quem “privilegiar interesses pessoas” soa-me como uma boa piada de mesa de bar. Se levar esta promessa ao pé da letra, suponho que Zédu se afastará do governo e levará consigo toda a sua família.
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Sappo
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Um Palin pode esconder outro!
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Victor
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A quem compensa a desestabilização da Bolívia?
Já aqui previramos o que infelizmente começou ontem: uma guerra civil, por ora larvar, na Bolívia. Recusando a política central de transferência de fundos do imposto petrolífero para um plano nacional de assistência aos idosos, vários governadores provinciais incentivaram à contestação aberta e violenta e à exigência do retorno desses fundos para os seus orçamentos (cujos territórios detêm o grosso desses preciosos recursos naturais). O Presidente Morales acusa os instigadores desta rebelião de "golpe de Estado civil contra a unidade e a democracia na Bolívia". É óbvio que neste caso ele tem razão, mas também é verdade que deu o flanco no procedimento quanto ao referendo para uma nova Constituição (+info sobre o que se passou ontem aqui e aqui).
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Daniel Melo
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quinta-feira, 11 de setembro de 2008
O outro 11 de Setembro
Em 11 de setembro de 1973 os militares praticaram um atentado contra a democracia ao derrubar o governo de Unidade Popular de Salvador Allende, presidente chileno constitucionalmente eleito. Cerca de 30 mil pessoas morreram ou desapareceram nos 17 anos da ditadura militar de Pinochet. O principal responsável por essa calamidade: os Estados Unidos da América. Na foto, imagem do palácio de
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Sappo
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19:40
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Labels: América do Sul, América Latina, Chile, Salvador Allende
Siné Hebdo
Nota: Mais sobre as polémicas recentes de Siné aqui.
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Zèd
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Labels: cartoon, cartoonista Siné, França
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
A toponímia do nosso (pós-)colonialismo
África está muito presente na toponímia das cidades de Portugal. Mas não é uma África qualquer; é a África colonial portuguesa. Em Lisboa, o bairro das Colónias, aos Anjos, e os Olivais Sul, são exemplos disso. O primeiro é da década de 1930, época áurea da afirmação do Império e da mística imperial, e o segundo de meados dos anos 60, em plena guerra colonial. Neste último bairro os arruamentos receberam nomes de cidades e vilas das então colónias portuguesas. No caminho para a Praia do Rei, costumo passar por dentro de um bairro de génese clandestina, na Charneca da Caparica (freguesia do concelho de Almada). Aí deparei-me com uma placa que me intrigou, não propriamente pelo topónimo "Rua Cidade da Beira", mas pela caracterização que vem em baixo: "Cidade e Porto da África oriental Portuguesa".
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Cláudia Castelo
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10:49
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Labels: pós-colonialismo, toponímia
Colisor é acionado e o mundo ainda não acabou
O maior e mais complexo instrumento científico já construído foi acionado há poucas horas e o mundo não acabou, como previam uns poucos cientistas. Prova disso, é que estou aqui a postar. O acelerador de partículas, cujo nome de pia é LHC (sigla em inglês de Large Hadron Collider - Grande Colisor de Hádrons), poderá responder algumas questões fundamentais sobre o início do Universo. No experimento de hoje, os cientistas conseguiram fazer com que as partículas dessem uma volta completa no enorme túnel circular de EN 222
Em momento nacional das férias conheci o Douro, ou melhor, percorri a EN 222, denominação talvez demasiado administrativa, pelo o que fica a estrada para o Pinhão (vinda de Lamego).P.s. - Daniel, Zéd, Manolo, e que tal Vinho do Porto ao domingo? Acho que ainda não se escreveu sobre ele.
P.s.1 - Também já me disseram que no Outuno, a mesma estrada, fica ainda mais bonita. Bom para quem tenha férias mais tardias.
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Sofia Rodrigues
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