quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Também não entendo patavina, não é?


Um incêndio num cinema, que gera um movimento de massas produto das diferentes acções individuais - ou seja um sistema complexo - o interesse de todos é sair em segurança do cinema, e os agentes são responsabilizados pelo risco que correm, e da pior maneira. No entanto, se deixarmos um cinema em chamas entregue à emergência expontânea de um padrão de auto-regulação sabemos bem qual é o resultado. Pelo contrário se existir uma rígida regulação exterior, estabelecida a priori, como - sei lá - por exemplo um plano de evacuação, o resultado é bem mais satisfatório


O que não entendes Zèd, é que aqueles que vão morrer no cinema são os pobres e os imprevidentes. Os ricos e os previdentes (que são muitas vezes os mesmos, o dinheiro permite pagar à previdência) podem comprar lugares mais caros porque mais perto das saídas de emergência. Os que não tiveram dinheiro para pagar esses lugares sofrerão as consequências. Moral da história : nessas crises, alguns safam-se sempre. E não será essa a razão que explica que esse sistema desigual é adorado por alguns?

1 comments:

Zèd disse...

Os factos dão-nos razão, mas não percebemos patavina. :-)