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Agora que já assentou um pouco a poeira do concurso dos "Grandes Portugueses" vale a pena voltar ao assunto. Não para discutir o significado dos resultados e da "vitória" de Salazar, como argumentou e bem Pedro Magalhães, os resultados
não permitem concluir coisa nenhuma sobre o que os portugueses pensam sobre o que quer que seja.
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O que vale a pena discutir, na minha opinião, é o
péssimo serviço prestado pela RTP. Seria já um mau serviço fosse qual fosse o canal televisão - sim porque qualquer canal de televisão tem ou deve ter um mínimo de obrigações deontológicas -, pior ainda sendo uma estação pública, sustentada com dinheiro do orçamento de estado. Talvez seja até um bom ponto de partida para debater quais são as obrigações éticas a que deve estar vinculada uma emissora de televisão. E antes venham com o argumento pseudo-liberal que as audiências é que mandam, que a televisão apenas dá aos espectadores aquilo que os espectadores querem ver, é talvez bom relembrar
este livro. De
Sir Karl Popper, o filósofo preferido dos nossos neo-liberais de serviço, com John Condry: "Televisão: Um perigo para a Democracia" (1994) editado em português pela gradiva.
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