Num universo onde as realizações académicas se medem em número de cadeiras avançadas de física quântica que se frequentaram no liceu, Marilee Jones, a coordenadora (dean) de admissões ao prestigiado MIT, tentou, ao longo da sua carreira, convencer os administradores, pais e alunos que um résumé se constrói, também, com paixões e realizações pessoais.
Para muitos dos que orbitam em torno destas escolas de elite, as realizações pessoal e académica fudem-se numa só. Há pouco espaço para o resto. A procura do mérito, sempre o mérito, não o permite. Ou não o permitia. Hoje, sabemos que as coisas não funcionam assim. Muito por culpa de Marilee Jones. Mas Marilee Jones já não é a coordenadora do processo de admissões ao MIT. Não o é, porque se demitiu hoje. E demitiu-se, porque durante 28 anos mentiu sobre as suas realizações académicas.
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quinta-feira, 26 de abril de 2007
O que é o mérito?
Posted by João Caetano at 20:50
Labels: EUA, Universidade
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2 comments:
É difícil ser arauto do rigor, do mérito e da competência quando se tem esqueletos no armário...
Sofia, esses esqueletos permitiram-lhe estar (ainda mais) convencida daquilo que dizia. Sabemos hoje que a performance académica nas universidades não depende só do números de cadeiras de física quântica que se frequentou no liceu. As realizações pessoais podem contribuir, de igual forma, para o sucesso académico. Para além de contrinuirem para um ambiente diverso e rico, catalizador da aprendizagem. E foi Marilee Jones quem ensinou isso às escolas da Ivy League.
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