A Feira do Livro de Lisboa tem aguentado os dias de mau tempo, a concorrência do Rock in Rio e a descida do nível de vida. Recomenda-se, apesar de tudo.
O «tudo» começou por ser uma polémica, em meu entender sem sentido, por causa da exigência de pavilhões diferenciados pelo grupo Leya. Teoricamente, a realização da Feira do Livro esteve em perigo. Na prática, causou-lhe um atraso. Não percebi a polémica porque as barraquinhas da Feira nunca foram exactamente iguais. Basta pensar na «tenda dos pequenos editores», no espaço de edições da Assembleia da República ou, este ano, no pavilhão dedicado ao livro brasileiro. A questão é que a concorrência temia um pavilhão megalómano e esmagador do Grupo Leya. Tratava-se, portanto de uma falsa questão. Se o grupo Leya falhou no processo foi no timing da proposta, demasiado em cima do acontecimento e sem dar tempo aos outros editores de reagirem. Falhou também, em minha opinião, no resultado. A praça Leya é constituída por uma série de pequenos pavilhões em roda de uma caixa central. Quando por lá passei, em dia de calor e de abundante afluência de público, senti claustrofobia e quase tive de abrir caminho às cotoveladas. Os pequenos pavilhões permitem – pouca gente de cada vez – circular entre livros luzidios. É o estilo «montra de livraria de centro comercial» aplicado à Feira do Livro. Há quem goste e não é o meu caso. Para mim, a Feira de Lisboa cruza o espírito de um «salão do livro» e o espírito de alfarrabista, em sentido lato – proporciona o gosto de encontrar livros já desaparecidos dos escaparates das livrarias e a oportunidade de comprar a preço mais baixo livros com pequenos defeitos. Não se percebe como um grupo com catálogos tão ricos como o das editoras Caminho, Publicações Dom Quixote, Asa, etc, só expõe ao público os títulos mais recentes.
Outros percalços da edição deste ano são de assinalar: o sistema de som nem sempre funcionou; o restaurante habitual na Feira desta vez não existiu. Ainda assim, que prazer passear entre livros, numa solarenga tarde de Lisboa.
O «tudo» começou por ser uma polémica, em meu entender sem sentido, por causa da exigência de pavilhões diferenciados pelo grupo Leya. Teoricamente, a realização da Feira do Livro esteve em perigo. Na prática, causou-lhe um atraso. Não percebi a polémica porque as barraquinhas da Feira nunca foram exactamente iguais. Basta pensar na «tenda dos pequenos editores», no espaço de edições da Assembleia da República ou, este ano, no pavilhão dedicado ao livro brasileiro. A questão é que a concorrência temia um pavilhão megalómano e esmagador do Grupo Leya. Tratava-se, portanto de uma falsa questão. Se o grupo Leya falhou no processo foi no timing da proposta, demasiado em cima do acontecimento e sem dar tempo aos outros editores de reagirem. Falhou também, em minha opinião, no resultado. A praça Leya é constituída por uma série de pequenos pavilhões em roda de uma caixa central. Quando por lá passei, em dia de calor e de abundante afluência de público, senti claustrofobia e quase tive de abrir caminho às cotoveladas. Os pequenos pavilhões permitem – pouca gente de cada vez – circular entre livros luzidios. É o estilo «montra de livraria de centro comercial» aplicado à Feira do Livro. Há quem goste e não é o meu caso. Para mim, a Feira de Lisboa cruza o espírito de um «salão do livro» e o espírito de alfarrabista, em sentido lato – proporciona o gosto de encontrar livros já desaparecidos dos escaparates das livrarias e a oportunidade de comprar a preço mais baixo livros com pequenos defeitos. Não se percebe como um grupo com catálogos tão ricos como o das editoras Caminho, Publicações Dom Quixote, Asa, etc, só expõe ao público os títulos mais recentes.
Outros percalços da edição deste ano são de assinalar: o sistema de som nem sempre funcionou; o restaurante habitual na Feira desta vez não existiu. Ainda assim, que prazer passear entre livros, numa solarenga tarde de Lisboa.
1 comments:
Concordo contigo, este ano já lá fui duas vezes, tenciono lá voltar amanhã, dia de fecho.
Só não fui mais vezes por falta de tempo, senão teria ido; passear ali é agradável, a vista, a luz, as sombras, o verde, os livros, os gelados...
Enviar um comentário