segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Nem tudo o que brilha é ouro ou escrever direito por linhas tortas

A minha primeira posta não poderia ser outra coisa para além de um delírio científico. Não é só hoje que os há, pelo contrário eles abundam na história. A alquimia, conhecimento impulsionador de uma racionalização da ciência, busca o domínio completo das matérias dos cosmos: tudo é transformável desde que se saiba a fórmula certa. Foi na busca destas fórmulas que o experimentalismo metódico e crítico foi desenvolvido durante o século XV– que elementos formam a raiz do ouro, que elementos combinar para ‘construir’ ouro. Como dominar o universo.







O ouro nunca foi construído, mas este movimento marcou a intelligentsia Europeia tal como as representações da alquimia e do alquimista, da ciência e do cientista.
Entre admiração, empenho, medo e fascínio o conhecimento tem um custo social que na maioria das vezes não origina o resultado pretendido.
O Alquimista, homem poderoso, de letras e números, ordena o seu aprendiz fórmulas que revolucionarão o mundo enquanto camponeses sacrificam o seu tempo, os seus filhos e os seus bens. Em pano de fundo, vê-se o futuro: a delapidação de bens não originou ouro, apenas a misericórdia pode agora salvar aqueles cujos bens foram alienados. O que não se vê é um Newton ou um Einstein, um laboratório de microbiologia ou a ascensão das ciências sociais. O conhecimento tem um custo, como avalia-lo? Como construir realistas modelos/politicas de desenvolvimento científico que se adeqúem a um pais no canto esquerdo da Europa?

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