Para terminar esta segunda-feira tristonha, ou para começar a terça cinzenta, aqui fica a nota saudosa para o encerramento de três «casas» lisboetas: o cinema Quarteto; o cinema King e a Ginjinha do Rossio.
O Quarteto estava a ficar piolhoso, mas é verdade que acompanhou a adolescência de muitos de nós, o King, um viveiro de ácaros, ainda não estudados pelos documentários da 2, mas respresentou o mesmo para a nossa juventude e a Ginjinha, que provavelmente não acompanhou nada, mas que sempre esteve lá. E não vão ser as salas de centros comerciais, agora quase em exclusivo, e o chá verde que poderão substituir estas experiências.
3 comments:
A Europite aguda chega a todo o lado.
Quem pode nao gostar da Ginginha, daquele microcosmos que se forma ali mesmo junto ao Rossio?
Afinal são lugares assim que dão forma à nossa memória.
Fechar o King é mais uma machadada na cultura de bairro. Cada vez mais, Bairro é um mero aglomerado de casas, sem vida, sem cultura, sem hábitos para além de chegar, comer, dormir.
Ali podia conversar-se, olhar os recortes de jornais feitos por quem gostava de os mostrar, passear pela bem fornecida livraria, esperar pela sessão com um café na mão.
Qualquer dia volto a Lisboa e não a reconheço.
Mas o que é que vão pôr naquela cubículo que é a Ginginha: uma loja de agulhas? de pioneses? Mikado?
Não se percebe, aquele espaço não merecia estar já classificado como edifício de interesse público?
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