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É uma opinião. Mas o pior é que perante tal lacuna, o cronista desata a lamentar-se por já ninguém ler as obras de Arnaldo Gama: o Segredo do Abade e o Sargento-Mor de Vilar. Este último é um livro que, alguns anos depois de o ter lido, recordo com enfado. A prosa romântica, já de segunda geração, enredada em descrições do povo portuense, sempre entre a turba amotinada e os «espíritos sãos» e nos amores de Luís Vasques com Camila de Vilalobos, que passa a vida a estremecer de sensibilidade e a comer caldos, é de modo a desanimar o maior entusiasta do desastre da Ponte das Barcas.
«- Que é isto? Que mariolada é esta, pelo inferno!
- Os francezes! Os francezes!»
Gama, Arnaldo – O sargento-mór de Villar. Lisboa: Empresa Lusitana Editora, [s.d.]. p. 124.
- Os francezes! Os francezes!»
Gama, Arnaldo – O sargento-mór de Villar. Lisboa: Empresa Lusitana Editora, [s.d.]. p. 124.
Imagem: Arnaldo Gama (1828-1869)
1 comments:
Só tu, Sofia, para te lembrares de ir limpar o pó a este arremessos de literatura...
e, ainda por cima, cruzando-o com os delírios actuais...
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