Francisco Goya, Grande hazaña con muertos. Prueba de estado. Desastre 39, 1810-1815
Estampa sobre papel, 21 x 30 cm
Berlim, Kupferstichkabinett, Staatliche Museen zu Berlin
No passado dia 3 de Maio, precisamente 200 anos depois dos acontecimentos que motivaram os célebres quadros de Francisco Goya e este post do Manolo, eu estive no Prado a ver a exposição de que ele fala (eu e mais 17775 italianos, 12651 franceses, 1749 brasileiros e 785 portugueses).
Não me sinto minimamente competente para falar de Goya. Mas impressionaram-me muitas coisas, em grande e em pequeno formato. Além dos imponentes quadros sobre a revolta e os fusilamentos de 2 e 3 de Maio, os esboços e as gravuras sobre os "Desastres da guerra" são notáveis, sobretudo se vistos em conjunto, pela acumulação de imagens de crueldade. Tocam no núcleo da guerra — a violência.
Também me parece que Goya é o melhor antídoto contra uma visão nacionalista estreita das revoltas ibéricas contra as invasões napoleónicas. O que Goya denunciou foi a espiral da guerra, a ferocidade, sem especial distinção entre franceses e espanhóis. E também me palpita que se podia acrescentar ingleses e portugueses, para a mesma guerra. Infelizmente, não houve nenhum Goya em Portugal. Mas o Goya espanhol, felizmente, é de nós todos.
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Grande façanha! Com mortos!
Posted by andre at 17:38
Labels: Goya, Guerra, Guerra Peninsular
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comments:
Olá, andre.
não posso deixar de expressar a minha inveja. enquanto Goya passeia por terras madrilenhas, cá estou eu preso em terras brasilis, debaixo de um frio de fazer trincar os dentes.
"Goya é o melhor antídoto contra uma visão nacionalista estreita das revoltas ibéricas contra as invasões napoleónicas." isto aqui é uma pérola. creio que vou roubá-la.
Enviar um comentário