sexta-feira, 17 de julho de 2009

Negócio do terminal de Alcântara considerado «ruinoso» para o Estado

Confirma-se a informação avançada há uns meses atrás: o acordo que o governo português assumiu com uma empresa liderada por um ex-ministro do partido no governo (a Liscont, do grupo Mota-Engil) para prorrogar a concessão do terminal de mercadorias de Lisboa por mais 27 anos por ajuste directo contraria o interesse público. Quem o diz é o Tribunal de Contas, a mais alta entidade de fiscalização, secundado assim o seu relatório preliminar.

O governo já entrou em manobras de contra-informação, dizendo que não é o relatório final, ou que ainda não o recebeu, consoante as fontes. Mas o facto é que o Ministério Público está a investigar o caso. E o parlamento protestou por lhe ter sido entregue uma cópia rasurada do contrato, faltando partes relevantes como a arquitectura financeira do projecto e a calendarização das obras.

Este é um caso exemplar sobre como os governos por cá estão mal habituados. Fazem o que querem porque se sentem protegidos contra penalizações fortes. Mas o tempo da opinião pública sem capacidade para exprimir a sua crítica está a passar. E os media também estão agora mais atentos.

1 comments:

Daniel Melo disse...

A propósito do termo «ruinoso» ver esclarecimento em post acima (http://avezdopeao.blogspot.com/2009/07/pequena-errata-sobre-acordo-lesivo-do.html).