domingo, 9 de setembro de 2007

Passagens para Ler Devagar

Já lá vão quase 15 anos que conheço a Cláudia. O nosso percurso científico foi quase simultâneo - licenciatura, mestrado, doutoramento - e nas mesmas instituições (primeiro na FCSH e depois no ICS). Mas foi neste último instituto, em que tive a oportunidade de ser seu colega no I curso de doutoramento, que pude conhecê-la mais de perto. Fiquei espantando com a sua tenacidade e com a capacidade de trabalho. Lembro-me da nossa sessão conjunta de apresentação dos projectos, na qual a Cláudia foi questionada pelos 'séniores' sobre a ambição do seu projecto e da extensão do horizonte temporal que este abarcava: "era uma missão quase impossível" - disseram. Face às críticas a então aluna de doutoramento não vergou e disse simplesmente que esse seria o desafio do próprio projecto. Quatro anos e tal depois (em 2005) o desafio concretizou-se (e tudo foi escrito em apenas um só ano, o último precisamente).
Toda esta conversa vem a propósito da publicação do seu mais recente livro Passagens para África: O Povoamento de Angola e Moçambique com Naturais da Metrópole (1920-1974), que corresponde a parte substancial da sua tese de doutoramento. Uma obra que já é referência e que marcará o campo de estudo da História da migração e da colonização. Não sou especialista, por isso, remeto para esta recensão escrita pelo crítico Eduardo Pitta.

O livro será lançado dia 14 de Setembro (sexta-feira), na Livraria Ler Devagar, Rua Fernando Palha, 26 (Fábrica do Braço de Prata), Lisboa. A apresentação estará a cargo do Doutor Valentim Alexandre.
Não digam nada, mas sei, de fonte segura, que haverá petiscada com sabor e aroma luso-tropicalista.

2 comments:

Zèd disse...

Cláudia,
Parabéns pelo lançamento do livro!

Cláudia Castelo disse...

Obrigada Renato e obrigada Zèd.
Dia 14 será um dia de festa, mas o livro está aí para ser discutido e criticado. Espero, sobretudo, que seja um incentivo para outros investigadores estudarem o tema, revisitando as fontes e a bibliografia que usei e outras entretanto disponíveis, recorrendo a fontes orais, utilizando outras perspectivas de análise, outras metodologias, etc.