Cada palavra que Cavaco Silva comunicou ao país hoje, às 20 e 30, foi uma palavra a mais. O Presidente da República ainda não se tinha pronunciado sobre o caso «das escutas» e hoje percebe-se que nunca o devia ter feito. Bastava ter mandado alguém colocar, a 18 de Agosto, um texto de dois parágrafos no site da Presidência da República. O primeiro a esclarecer que o Presidente da República não autorizara ninguém a falar sobre o «caso». O segundo a anunciar que ia pedir a técnicos que averiguassem a existência de eventuais fragilidades no sistema informático da Presidência.
O silêncio de Cavaco Silva empolou um caso do qual não assume qualquer responsabilidade. E agora o Presidente fala para causar ruído, acicatar suspeitas e atirar a cooperação institucional pelo cano. A maior parte das notícias, dos políticos que reagiram à declaração e dos comentadores têm sublinhado que o Presidente da República atacou o PS, ou seja o partido que acabou de ganhar as eleições e que ele não é, por lei, obrigado a convidar para constituir Governo. Não atacou o PS com base em factos, mas em «interpretações pessoais» que teria sido «forçado» a divulgar. O homem passou-se.
O silêncio de Cavaco Silva empolou um caso do qual não assume qualquer responsabilidade. E agora o Presidente fala para causar ruído, acicatar suspeitas e atirar a cooperação institucional pelo cano. A maior parte das notícias, dos políticos que reagiram à declaração e dos comentadores têm sublinhado que o Presidente da República atacou o PS, ou seja o partido que acabou de ganhar as eleições e que ele não é, por lei, obrigado a convidar para constituir Governo. Não atacou o PS com base em factos, mas em «interpretações pessoais» que teria sido «forçado» a divulgar. O homem passou-se.
2 comments:
Muito bem.
o que faz isto é tentar controlar várias rádios (6), do genro Luis Montez, com 10 milhoes do BPN, mas isto ainda ninguem fala.
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