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Do outro lado também abundaram os erros. Os países Árabes vizinhos nunca souberam (nel quiseram) negociar a Paz com Israel, nem os Palestinianos tão pouco. Arafat sempre foi muito mais um chefe de um movimento de resitência armada do que um Chefe de Estado. Nunca hesitou em comprar alianças e dividir as hostes para manter o poder (o que provavelmente não é alheio aos conflitos entre palestinianos que se vêm hoje).
Este número do Courrier International têm testemunhos dos que viveram a Guerra dos Seis Dias de ambos os lados. E sobretudo, o que apreciei bastante, apresenta opiniões de israelitas e palestinianos críticos para com o seu próprio campo. Como por exemplo o psiquiatra palestiniano Eyad Al-Sarraj que escreve um artigo de opinião defendendo que os palestinianos não aprenderam nada com os seus próprios erros, nem com as vitórias e derrotas de outros povos (como África do Sul e Argélia por um lado e Somália por outro). Apresenta também a visão de uma nova geração de historiadores do conflito. Por exemplo é Gershom Gorenberg, um desses historiadores, que refere que os Trabalhistas enganaram os governo americano com respeito aos colonatos, para levar a cabo a política do facto consumado.
No final a opinião consensual é, tragicamente, que nada de substanical mudou nos últimos quarenta anos. A Guerra dos Seis Dias criou um problema que persiste, sem melhorias e sem solução à vista. Para resumo vale a pena ler o editorial (na coluna da direita) de Philippe Thureau-Dangin, e este outro no The Economist a que o primeiro faz referência.
2 comments:
Mas convém não esquecer que a guerra dos seis dias evitou um problema ainda maior...
Por isso é que eu escrevi que a necessidade de Israel fazer aquela Guerra naquele momento não está em causa. O problema foi depois saber o que fazer com a vitória, e aí Israel errou, continua a errar há 40 anos.
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