Enquanto a UMP de Sarkozy se preparar hoje para obter mais uma verdadeira landslide eleitorial, a esquerda devia ler as reflexões do politólogo Zaki Laïdi numa entrevista de hoje no Le Monde. E, já agora, o livro que assina com outro politólogo, Gérard Grunberg, intitulado Sortir du pessimisme social : Essai sur l'identité de la gauche (Paris, Hachette, 2007).
domingo, 10 de junho de 2007
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3 comments:
Qual esquerda? Só se for a francesa e mesmo essa é toda ela. É que na Europa, a maioria dos países é governado por coligações, que tanto podem ser de esquerda ou de direita.
O problema não me parece ser o "pessimismo social", pois se ele fosse assim tão válido e universal então como é que se explicaria a existência duma coligação de centro-esquerda no poder em Itália (aliás, aqui há 40 anos teria sido impossível um governo de esquerda, por causa da Guerra fria)? E do PSOE em Espanha? Etc., etc..
Talvez um dos problemas maiores seja, antes, a inexistência de convergência à esquerda, de debate e construção de consensos e de convergências. Mas aí a culpa é de todos, não vale a pena enganarmo-nos, pelo menos quanto a Portugal e França.
Seja como for, já fui dar uma olhada no site do Laïdi, e pareceu-me merecedor de inclusão na nova lista de sites do Peão, juntamente com o Telos e o think tank À gauche, en Europe. São ferramentas úteis para o debate, boas companhias para as outras que já lá estão. Então, boas leituras ;)
Daniel, não se trata de "universalizar" nada, a esquerda a quem se dirige a mensagem é a francesa, naturalmente, mas na medida em que a esquerda portuguesa bebe muito das virtudes e vícios da esquerda francesa, o exercício é em boa parte transponível.
"Talvez um dos problemas maiores seja, antes, a inexistência de convergência à esquerda, de debate e construção de consensos e de convergências. Mas aí a culpa é de todos, não vale a pena enganarmo-nos".
Não tenho feito eu outra coisa...
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