quarta-feira, 20 de junho de 2007

Independência fácil?


O debate televisivo de ontem que juntou sete candidatos às eleições da Câmara de Lisboa não trouxe grandes novidades. Mesmo aqueles que à partida sabem que jamais poderão assumir a presidência e que, por isso, estarão mais descomprometidos para poder avançar com propostas inovadoras, demonstraram uma tremenda falta de arrojo e de imaginação. Fiquei particularmente desapontado, embora já estaria de certo modo à espera, com o desempenho de Helena Roseta. Para além da proposta um tanto inoperacional da gestão partilhada que recuperou da sua vereação em Cascais (já lá vão 20 anos), não avançou nada mais de concreto. Preferiu assumir-se como uma espécie de conciliadora das diferenças, a mediadora de serviço que tentará criar pontes entre as várias sensibilidades. Ao fazê-lo esvazia a possibilidade de constituir um projecto autónomo e verdadeiramente independente para a cidade. Escolheu a via mais fácil!

1 comments:

CLeone disse...

Nao vi o debate, mas nao espanta. Desde o inicio que mais do que a falta de qualdiades, que tem, a candidatura de Roseta se define como adversarial, por isso quando chega a altura de ser afirmativo... Mas isso vale para quantas outras tambem? Parece que a estrategia de atacar o governo para derrotar Costa nao chega, o que talvez indique tambem que tambem a nivel nacional POrtugal nao esta' propriamente frustrado. Resta saber se quem esta' vai conseguir fragmentar tudo quanto baste para dar 'a Direita ainda mais meios de bloqueio nos proximos 2 anos. E o que resta a quem nao tem propostas, mas nao me parece que consigam (disse ele ausente vai para 2 meses...)