sexta-feira, 15 de junho de 2007

People, a Tapada das Necessidades está necessitada, ok?

Numa das minhas deambulações bloguíticas, fiquei a saber que o Jardim da Tapada das Necessidades está em avançado estado de degradação. Duas das candidaturas à CML, por sinal ambas de esquerda, aproveitaram para se juntar ao Grupo dos Amigos do Jardim, na denúncia de tal situação (vd. aqui).
Este jardim de média dimensão (10 hectares) é um dos mais belos do país (tem um relvado à inglesa e uma fabulosa colecção de cactos). Está situado logo ao lado dum ministério, mas de nada lhe tem servido, pobre criatura (a não ser para parque de estacionamento forçado).
Fui vasculhar na Internet para ver se havia mais informação. Sim, há. É uma informação cuja leitura actual se afigura, no mínimo, bizarra; cá vai ela: a 3/6/2004 foi celebrado um protocolo entre o Ministério da Agricultura e a Associação Portuguesa de Jardins e Sítios Históricos, justamente para a requalificação do Jardim e de 3 edifícios (Estufa Circular, Casa do Regalo e Casa do Fresco), num prazo de 10 anos. Esse protocolo estabelecia a apresentação dum Plano de Restauro até 2005. E, agora, a pergunta sacramental: onde pára esse Plano de Restauro?
O pior disto tudo é que cabe à tal associação fazer a obra, a qual partiu para esta aventura sem conseguir apoios oficiais, a não ser a cedência dos tais 3 edifícios. E agora, como é? Passa-se a batata quente aos outros e prontos? Chegados a 2007, não deveria haver um ponto da situação, talvez mesmo o Estado assumir o que lhe compete? É que a propriedade é sua e tem seguramente mais facilidades para encontrar financiamentos comunitários e parcerias viáveis. Proposta sensata: o Ministério da Agricultura que transfira a propriedade para o Ministério dos Negócios Estrangeiros ou, se este não quiser, para a CML. Doutro modo, nunca mais é sábado...
À atenção das restantes candidaturas democráticas.
Nb: imagem retirada daqui.

1 comments:

CLeone disse...

Mas quais sao as nao democraticas?
Se calhar o melhor seria as pessoas da zona e as que gostam do jardim (eu vou mais ao da calcada da Ajuda) organizarem-se, em vez de esperarem por ministerios que, alias, devem ter outras prioridades.