quarta-feira, 17 de outubro de 2007

DAQUI, DE AGORA E SEMPRE

Nasci em 1971 e nesse ano foi editado um dos mais belos álbuns que se compuseram antes da revolução, intitulava-se Gente Daqui e de Agora. A voz era de Adriano Correia de Oliveira e a música de José Niza. Procurei na Internet a imagem da capa do disco mas não a encontrei, era verde e tinha um desenho com traços a preto que vincavam a urgência do AGORA! Felizmente, a madrugada se fez clara em Abril de 1974. Como já parecia anunciar este poema de Manuel Alegre... Pena é que passados mais de 30 anos a gente DAQUI voltou a fazer-se tão triste como se chovesse em pleno Agosto.


E ALEGRE SE FEZ TRISTE

Aquela clara madrugada que
Viu lágrimas correrem do teu rosto
E alegre se fez triste como se
Chovesse de repente em pleno Agosto.
Ela só viu dedos nos teus dedos meu nome no teu nome.
E demorados
Viu nossos olhos juntos nos segredos
Que em silêncio dissemos separados.
A clara madrugada em que parti.
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
Por onde um automóvel se afastava.
E viu que a pátria estava toda em ti.
E ouviu dizer-me adeus: essa palavra
Que fez tão triste a clara madrugada.

Poema de Manuel Alegre musicado por José Niza e cantado por Adriano em Gente Daqui e de Agora.

3 comments:

JSA disse...

Caro Renato, neste link

http://adriano.esenviseu.net/index.asp

Podes encontrar, sob a secção Vida e Obra, o link para 1971, onde está o álbum Gente Daqui e Agora. O link directo apra a imagem do álbum (embora de baixa resolução) é:

http://adriano.esenviseu.net//images/gentedeaquiedeagora.jpg

Renato Carmo disse...

Obrigado, caro jsa!

João Filipe Rodrigues disse...

Bons dias,

Adriano é único e especial.

Convido-vos a visitar a nossa homenagem ao Adriano Correia de Oliveira em http://cravodeabril.blogspot.com/2007/10/recordar-adriano.html
Cravo de Abril.

Cumprimentos