Que neste país não se faz um esforço sério na promoção da leitura, já todos sabemos, mas mesmo assim há situações incompreensíveis. As freguesias de Benfica e de São Domingos de Benfica não têm uma biblioteca pública, o que é estranho, atendendo às características dos seus habitantes e até à sua densidade populacional.
Em São Domingos, o Gabinete de Estudos Olisiponenses (Geo), instalado no belíssimo Palácio do Beau Séjour, cumpre mais ou menos essa função, embora não seja essa a sua natureza, mas sim disponiblizar informação bibliográfica sobre a cidade. A questão é que até já existe o edifício: o antigo quartel de bombeiros, localizado na Estrada de Benfica, junto à escola Pedro de Santarém C+S+P+B+R+T (eu sei que não é esta a designação, mas o conjunto de letras que sempre acompanha o nome da escola é indecifrável), e até existia data de abertura: Setembro de 2007. Não só a data de abertura não se cumpriu, como nem sequer se vislumbram obras no edifício, nem notícias sobre este atraso e as freguesias continuam sem biblioteca.
Imagem: Palácio do Beau Séjour, Estrada de Benfica, 368
1 comments:
Pois é. Como dizia o Branquinho da Fonseca, por cá prefere-se os xilófagos e roedores aos leitores.
A propósito, faz-me espécie esta mania de dar nomes de escritores a bibliotecas municipais, os mesmos que são dados a escolas públicas. Só serve para arranjar confusão, na sua localização pelos utentes e nas funções a desempenhar.
As bibliotecas municipais deviam ter um fundo generalista, e, quando muito um fundo especial de impressos e etc. sobre o bairro, a cidade. É que os fundos especiais nem sequer há dinheiro para isso!
Para divulgar os escritores existe já, além das escolas, a Casa Fernando Pessoa, o ex-IPLB, o Min.º da Educação e tutti quantti.
Por favor, liguem o descomplicador!
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