Na boleia dos despedimentos alegadamente impostos pela crise mundial, há umas semanas atrás foi a vez dum dos grupos de media mais apoiados pelo actual governo português, a Controlinveste, anunciar o despedimento colectivo de 122 empregados de alguns dos principais media nacionais: TSF, DN, JN, Açoriano Oriental, DN do Funchal, SportTV (pasme-se!), Jornal do Fundão, etc.. (vd. aqui e aqui). No rol, surgiram jornalistas com dezenas de anos de tarimba.
Como resposta a este processo não negociado, injusto e pouco claro, surgiram 2 petições na Internet («Não calem o JN!» e «Em defesa do DN»), além dum manifesto, ontem entregues às respectivas administrações. Hoje será a vez da realização duma greve e da entrega das petições, sendo que a do JN tem muitas mais adesões (quase 5 mil), o que se compreende, uma vez que o jornal portuense é o único de âmbito nacional que se mantém de pé no Norte, e porque o DN sempre foi muito situacionista (mas, atenção, não são as chefias que estão em causa, mas sim os trabalhadores).
Segundo os promotores da greve, "propõe-se uma tomada pública de posição que é simultaneamente uma prova de solidariedade e uma importante afirmação dos valores democráticos e das liberdades que cada vez mais são postos em causa, também com estas transformações no sector da comunicação social". Por fim, denunciam o perigo destes media se tornarem “veículos de um pensamento único”, pelas acções de sinergia que estão sendo introduzidas entre o trabalho das distintas redacções.
Nb: imagem retirada do blogue Precários Inflexíveis.
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