É triste verificar que há pessoas que não aguentam conviver com a diferença. Recusam-se a partilhar o mesmo espaço virtual com quem pensa, expõe e defende outras ideias. É o caso de CLeone. E sejamos claros, o adeus de CLeone ficou a dever-se à sua partidarite em último grau, que o impede de aceitar que cada peão lisboeta vota como bem entender (no PS ou noutro partido ou noutro movimento).
O mesmo CLeone que diz que neste blogue até se defendeu a censura, porque um dos peões decidiu e assumiu não incluir um link para a candidatura do PNR às eleições intercalares para a CML, percebeu agora que a nossa companhia não lhe convém porque teme ser censurado por alguém mais intolerante no seu círculo partidário. Importa referir que o blogue Costa do Castelo (de apoio a António Costa) incluiu ligações aos sites das outras candidaturas, mas não à de extrema-direita. Terá sido censura pela calada?! A mim parece-me uma atitude legítima e, no Peão, essa opção foi amplamente debatida com transparência e frontalidade.
Ora, a grande virtude do Peão tem sido acolher contributos heterogéneos (que não se confinam à política), sem negar a ninguém o direito à liberdade de expressão (e, felizmente, à liberdade de voto). Todos os que têm participado com espírito crítico, vontade de ouvir, capacidade de argumentar, independência, respeito pelos outros peões e visitantes, sentido de humor, poder de encaixe, foram e são bem-vindos. Talvez não seja por acaso que a maioria continua a escrever, concordando ou não com o post precedente ou com o que virá a seguir. Sem calculismos nem falsos moralismos.
4 comments:
Nem mais!
Cláudia,
Subscrevo inteiramente!
Por falar em pluralismo de opiniões, quando é que a Iolanda escreve o post sobre a Vimeca?
Já que se coloca a questão da opção do costa do castelo, devo dizer que foi de facto uma questão discutida e a opção tomada foi a de não incluir a extrema-direita. Não sendo o blog obrigado a um tratamento igualitário de candidaturas, prevaleceu o entendimento sufragado por muitos partidos pela Europa fora que lidam com o fenómeno da extrema-direita deste tipo: cordão sanitário. Ou seja, pura e simplesmente ignorá-los e deixá-los a destilar ódio sozinhos. Não significa isto que perante ataques graves não se deva reagir, agora tempo de antena gratuito é dar-lhes a atenção que não merecem.
Opinião: A existência de partidos de extrema-direita não me preocupa. É bom todos terem liberdade de falar e ir a votos. O preocupante é terem eleitorado.
Não nos preocupemos com os partidos e seus dirigentes. Preocupemo-nos com os motivos que levam as pessoas a dar atenção a certas ideias. Mas preoupemo-nos já. Não vamos ignorando até ao dia em um "Le Pen" chegue, por exemplo, com Santana Lopes, à 2ªVolta das Eleições Presidênciais e que tenhamos o Jerónimo de Sousa e o Francisco Louça, juntos, a apelar ao voto útil em Santana.
Deixemos existir o partido. Antes, trabalhemos para criar sociedades em que ninguém queira votar nele!
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