A partir do momento em que somos pais uma matéria passa a fazer parte das nossas vidas: o cocó da criança. Desde os primeiros meses assistimos à evolução das diversas formas desta substância. O tom quase incolor dos tempos de bebé cede lugar a uma substância poderosa em todos os sentidos: visuais, olfactivos e também ao nível do tacto (algumas vezes lá desliza a nossa mão na fralda e “trás” enterramos os dedos na matéria). Quando o cocó é consistente de formato cilíndrico ficamos aliviados: o rabinho pouco se suja e a fralda enrola-se logo e atira-se directamente para o lixo. Mas quando a substância é pastosa ou quase liquida, não temos outro remédio senão reter a respiração nasal e mãos à obra.O cocó passa a ser assunto habitual de conversa entre os pais nos locais mais inapropriados. Como nos restaurantes depois de uma mudança de fralda atribulada naquelas pequenas casas de banho dos fundos, que mal espaço têm para uma só pessoa:
- Então viste o cocó?
- O que é que achas!
- Continua com aquele tom verde?
- Não, já está mais acastanhado e menos líquido.
- E o cheiro?
- Ainda é um pouco azedo.
- Que chatice, temos de continuar a dar-lhe arroz.
terça-feira, 17 de julho de 2007
Conversas de cocó
Posted by Renato Carmo at 13:46
Labels: cocó, fraldas, paternidade
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3 comments:
A melhor história de cocó que conheço passou-se com um esquimó.
Fiz um post no meu blogue, passo a publicidade.
designorado.blogspot.com/2007/01/uma-bela-histria-com-merda.html
Todos os grupos de amigos passam por estas fase. Em especial as mães, não falam de outra coisa. Deixa de haver cinema, projectos de férias, noitadas ao sábado, vai tudo pelo cano. E o mais engraçado é que já não queremos outra vida. Estamos passados, e foi num instante!!!!
que horror!! acontece-me o mesmo com o meu cão, dou-lhe vegetais um dia e tenho de passar uma semana a dar-lhe arroz seco (mal cozido é do melhor e bana também funciona)
cumpz
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