O melhor Alvarinho, afinal, não é o galego mas sim o minhoto! Quem no-lo recordou foi João Paulo Martins, com a audácia do saber de experiência feito, espaldado num júri de 12 peritos, i.e., a 1.ª Prova Ibérica de vinhos Alvarinhos, realizada em Pontevedra em Junho de 2006 (+info aqui). Não sei se o Daniel Lanero me vai perdoar esta ousadia…
Deixemos de lado os mitos que caem por terra, e vamos lá às ‘notas’ de provas.
O vinho verde com melhor relação qualidade-preço é, sem dúvida, o Muralhas de Monção (c.3,80€ no Jumbo). Todos os grandes críticos o dizem, desde o José A. Salvador ao João Paulo Martins. Este vinho tem um acídulo muito acentuado, um ‘pico’ forte compensado com muita frescura, sendo por isso bom de beber com um arroz de marisco um pouco picante, choco frito ou comida japonesa. Ao Alvarinho predominante é juntado um pouco de Trajadura, que lhe acentua a tal frescura, a exemplo do que fazem na Galiza (é o que nos diz José A. Salvador, Os 100 melhores vinhos portugueses 2000, p.30).
É feito com os lotes menos nobres da Adega Cooperativa de Monção, sendo que os melhores são destinados ao Deu-la-Deu ou Danaide.
O Deu-la-Deu (c.5,80€) é o seguinte melhor em conta (ficou em 2.º no concurso), e, para nossa sorte há em todo o lado também. É menos ácido do que o anterior, mais equilibrado.
Se calhar por o ter bebido menos vezes, o meu preferido agora é o galego Pazo de Señorans 2005 (3.º lugar ex-aequo), muito cremoso e elegante.
Ainda na 1.ª Prova foram destacados outros excelentes verdes: o vencedor (Quinta do Regueiro Vinho Verde Alvarinho 2005, só provei uma vez, na altura gostei mas não tenho grandes recordações), o Alvarinho Touquinheiras (3.º lugar ex-aequo) e o Muros Antigos (7.º).
E sem esquecer o Muros de Melgaço (c.15€), que desconheço mas que é tido por um bom vinho, embora não figure nos 10 mais daquela lista.
Enfim, para o fim a melhor parte: segundo João Paulo Martins, neste momento qualquer alvarinho é bem feito, por isso, nada de delongas. Mas, atenção, será preferível guardar-se por 1 ano a colheita entretanto saída. Por isso, agora dever-se-á beber um vinho de 2005 (“Alvarinho: melhor ao segundo ano”, Público, 23/VI, p. 13-Fugas).
Nb: sobre o Deu-la-Deu vd. tb. aqui; sobre o que é o vinho verde (que não se resume às castas Alvarinho e Trajadura, havendo ainda pelo menos a Loureiro) vd. aqui.
Deixemos de lado os mitos que caem por terra, e vamos lá às ‘notas’ de provas.
O vinho verde com melhor relação qualidade-preço é, sem dúvida, o Muralhas de Monção (c.3,80€ no Jumbo). Todos os grandes críticos o dizem, desde o José A. Salvador ao João Paulo Martins. Este vinho tem um acídulo muito acentuado, um ‘pico’ forte compensado com muita frescura, sendo por isso bom de beber com um arroz de marisco um pouco picante, choco frito ou comida japonesa. Ao Alvarinho predominante é juntado um pouco de Trajadura, que lhe acentua a tal frescura, a exemplo do que fazem na Galiza (é o que nos diz José A. Salvador, Os 100 melhores vinhos portugueses 2000, p.30).
É feito com os lotes menos nobres da Adega Cooperativa de Monção, sendo que os melhores são destinados ao Deu-la-Deu ou Danaide.
O Deu-la-Deu (c.5,80€) é o seguinte melhor em conta (ficou em 2.º no concurso), e, para nossa sorte há em todo o lado também. É menos ácido do que o anterior, mais equilibrado.
Se calhar por o ter bebido menos vezes, o meu preferido agora é o galego Pazo de Señorans 2005 (3.º lugar ex-aequo), muito cremoso e elegante.
Ainda na 1.ª Prova foram destacados outros excelentes verdes: o vencedor (Quinta do Regueiro Vinho Verde Alvarinho 2005, só provei uma vez, na altura gostei mas não tenho grandes recordações), o Alvarinho Touquinheiras (3.º lugar ex-aequo) e o Muros Antigos (7.º).
E sem esquecer o Muros de Melgaço (c.15€), que desconheço mas que é tido por um bom vinho, embora não figure nos 10 mais daquela lista.
Enfim, para o fim a melhor parte: segundo João Paulo Martins, neste momento qualquer alvarinho é bem feito, por isso, nada de delongas. Mas, atenção, será preferível guardar-se por 1 ano a colheita entretanto saída. Por isso, agora dever-se-á beber um vinho de 2005 (“Alvarinho: melhor ao segundo ano”, Público, 23/VI, p. 13-Fugas).
Nb: sobre o Deu-la-Deu vd. tb. aqui; sobre o que é o vinho verde (que não se resume às castas Alvarinho e Trajadura, havendo ainda pelo menos a Loureiro) vd. aqui.
4 comments:
De todos os que enunciou o Muros de Melgaço é sem dúvida o melhor. Também do Anselmo Mendes há desde o ano passado o Muros Antigos Loureiro, um verde com pretensões de branco. Deixo ainda uma outra sugestão, Quinta de Carapeços (alvarinho/trajadura). Dizem que o tinto também é muito bom. Dizem, porque verde tinto não é bebida que ouse experimentar.
Peço desculpa pela intromissão. Foi bom conhecer o vosso blog.
Alvarinho, Trajadura e Loureiro são castas de vinho verde branco.
No entanto, o vinho verde genuínamente popular é o tinto. Atualmente está em desuso, só se bebe nos meios mais populares. Mas dantes era aquele que todos os nortenhos bebiam às refeições. Esse é que é o verdadeiro vinho verde. O vinho verde branco é apenas um refresco para gente "bem".
Luís Lavoura
Aqui em Paris a comunidade imigrante Tuga deu uma nova função ao Vinho Verde (que ainda não experimentei com Alvarinho): o Kir.
O Kir é um aperitivo tradicional francês, à falta de vinhos doces como o Porto, em que vinho branco é misturado com um licor de frutos vermelhos, em geral o Cassis. No caso do Kir Royal o vinho brancho é o Champanhe. No caso do Kir Tuga o vinho branco é o Verde (Vérdê, como dizem os Francius), e pessoalmente é o meu Kir favorito. Lá estou a dar-lhes nas misturas...
Granel: obrigado pela sugestão, o Muros Antigos Loureiro já provei uma vez e gostei.
Luís Lavoura: bem-haja pela sua colaboração, finalmente temos um operário aqui no blogue!
Zèd: esse Kir luso-francês dá água pelas barbas.
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