quinta-feira, 21 de maio de 2009

“Geração Beat”, o novo livro de Claudio Willer

geração beatO poeta, ensaísta e tradutor brasileiro, Claudio Willer, lançará no próximo dia 3 de junho, em São Paulo, o livro “Geração Beat”. O autor é especialista no tema e tradutor da poesia de Allen Ginsberg. Neste livro, ele traz as principais informações sobre o revolucionário movimento da vanguarda artística e comportamental norte-americana: como surgiu a expressão beat generation, a origem deste grupo de poetas, escritores e artistas, quais os principais autores, suas obras e aventuras, desde os primórdios do movimento até a chegada dele no Brasil.

Os beats chegaram a ser acusados de iletrados. Na verdade, são um exemplo de crença extrema na literatura, atribuindo-lhe valor mágico, como modelo de vida e fonte de acontecimentos, e não só de textos. A relação com seu tempo lhes conferiu sentido político. Contribuíram, ao se converterem em expressão de um movimento geracional, para uma abertura, um grau maior de tolerância com a diferença e a exceção, que, ainda hoje, não pode deixar de ser valorizada. [...] A eclosão de uma cultura jovem, autônoma, nos anos 60, da qual, por sua extensão e complexidade, acabou ficando uma crônica viciada por estereótipos, não pode ser interpretada como rebelião consentida, nem desqualificada como burguesa, subproduto da prosperidade capitalista e indício de sua decadência.

Serviço:
- Lançamento do livro “Geração Beat”.
- 3 de junho, quarta-feira, às 19h30.

Livraria Martins Fontes:

- Av. Paulista, 509 - São Paulo – SP
- Fones (11) 2167-9900 e 2167-9937

2 comments:

josaphat disse...

Li muito os beats no começo dos 80, lá pelos meus vinte anos. Era fanático por Kerouac. Li on the road quatro vezes em cinco anos. Havia, na época, um livro muito interessante, talvez hoje fora de catálogo: Alma beat. Uma coletânea de ensaios sobre o movimento.

Sappo disse...

Olá, josaphat.

Também li os beats lá pelos idos 80. Foi através de Kerouac, Burroughs, Ginsberg e outros que descobri toda a magia do jazz. O be bop de Charlie Parker foi meu ponto de partida. A beat generation também é a precursora do que viria a ser o movimento de contracultura dos anos 60. Quanto ao Claudio Willer, considero-o o brasileiro melhor informado sobre este movimento. Ele foi um dos responsáveis pelo “Manisfesto Beat”, movimento estético que aconteceu em 1961, em São Paulo. Deste manifesto também participou o poeta Roberto Piva, um ícone da poesia surrealista e beat da língua portuguesa. Caso tenhas tempo, veja em http://www.youtube.com/watch?v=FAS4PciP35k a leitura de alguns de seus poemas, com a apresentação do Willer.