As barracas de comidas e bebidas eram as mais concorridas e nas quais as vaidades mais se manifestavam. Importava descobrir quais as melhores sardinhas com pimentos; que pão com chouriço era mais saboroso; quais os pastéis ricos de bacalhau... e claro onde se vendia a melhor pinga... [...] na Adega do Saloio, nada melhor que o atum com batatas, a Barraca Arganilense recomendava o caldo verde à moda do Minho, o Forte sem Medo propunha a sopa à saia calção e a Saúde Engarrafada esmerava-se para ver os seus clientes saudáveis.
Comportamento habitual a que o clima de à-vontade apelava era à cantoria; cantigas ligeiras, cançonetas picantes, canções carnavalescas ou fados, todos os géneros eram cantarolados e bem-vindos».
In Mário Costa, Feiras e outros divertimentos populares de Lisboa, Lx, CML, 1950, p. 166.
Nb: imagem da Feira de Alcântara, no dia 8/V/1905 (in Ilustração Portuguesa), retirada daqui. Deixo-vos ainda duas outras imagens do mesmo espaço (situado defronte à estação ferroviária de Alcântara-Mar), c.1900 (I e II). Sobre as feiras livres vd. este estudo de Gilmar Mascarenhas e Miriam Dolzani.
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