segunda-feira, 31 de março de 2008
O descarte da dama de ouro
Posted by Sappo at 17:22 0 comments
Labels: Brasil, Lula, política brasileira, PT
domingo, 30 de março de 2008
Manchete imaginária
Governo pede a D. Policarpo que controle o catolicismo de
alguns membros do Episcopado.
Posted by Zèd at 15:37 2 comments
Labels: divórcio, Igreja católica
Uma Igreja litigante
Posted by Cláudia Castelo at 12:25 2 comments
Labels: divórcio, Igreja católica
sábado, 29 de março de 2008
Verdades Paulo Teixeira-Pinto
Paulo Teixeira-Pinto, com apenas dois aforismos, colocou-se a par do imenso, do universal La Palisse. O segundo aforismo é o seguinte: «Atenção: em cada vida, há sempre múltiplas vidas, mas cada homem é ainda e sempre o mesmo desde o primeiro sorvo de ar até ao último sopro sob os ossos.» No primeiro aforismo conjuga-se com felicidade a transcendência judaico-cristã e a ressonância zen. Admirai, ó mortais e pobretanas, esta ilustre vacuidade: «O que faz de cada um de nós um indivíduo é exactamente ser um in-divíduo, ou seja, não divisível, uno e único.» Eis uma verdade Paulo Teixeira-Pinto.
Posted by João Miguel Almeida at 20:03 0 comments
Labels: La Palisse, língua portuguesa, Paulo Teixeira-Pinto
Saravá!, São Salvador de Todos os Orixás e Santos
Posted by Sappo at 17:31 0 comments
A republicana Condoleezza Rice elogia discurso de Barack Obama
Parece-me
OBS.
Posted by Sappo at 13:21 0 comments
Labels: Barack Obama, Condoleezza Rice, preconceito racial, Primárias americanas
Para mais tarde recordar
Posted by Zèd at 06:35 0 comments
Labels: Ai Portugal Portugal, Ponte Vasco da Gama
sexta-feira, 28 de março de 2008
Dia Mundial do Teatro
Posted by Sofia Rodrigues at 14:12 2 comments
Labels: Dia Mundial do Teatro, RTP
quarta-feira, 26 de março de 2008
Por falar em racismo
Gallas apresentou queixa contra o vendedor e a loja.
Posted by Zèd at 22:05 4 comments
Labels: França, preconceito racial, racismo
Amy Winehouse entra na luta contra o cancro de mama. Boa!
Nb:
Posted by Sappo at 17:22 0 comments
Labels: Amy Winehouse, câncer de mama, cancro de mama
O Poeta da Negritude
et il reste à l'homme à conquérir toute interdiction immobilisée aux coins de sa ferveur
et aucune race ne possède le monopole de la beauté, de l'intelligence, de la force
et il est place pour tous au rendez-vous de la conquête"(1)
Aimé Césaire, Cahier d’un retour au pays natal (1956)
(este post é uma promessa antiga à Cláudia)
Voltando ao episódio do rev. Wright que parece ter causado mossa na corrida de Barack Obama para a Casa Branca. Afinal o que tem o rev. Wright de tão escandaloso? Do tempo que tive nos EUA (que foi bastante, e adorei) uma das imagens que me ficou foi, quando assisti a um jogo da NBA, ver adeptos negros, que provavelmente pagaram com metade do ordenado o seu bilhete, levantarem-se, tirarem o chapéu, e com a mão no lado esquerdo do peito ouvir o hino dos EUA. Ficou para mim como um mistério insondável na natureza que negros, num país onde o racismo é quotidiano, onde as desigualdades socio-económica entre negros e brancos são gritantes, onde foi preciso passar por uma guerra civil para abolir a escravatura e onde nem sequer a promessa dos dois acres e uma mula foi cumprida, que negros, dizia eu, respeitem e sintam esse país como a sua pátria. Custa-me a perceber que cause tanta indignação que o rev. Wright diga "God Damn America!". Não temos que subscrever o que ele diz, mas a reacção da virgem ofendida soa-me a hipocrisia.
Este episódio fez-me reler o magnífico "Cahier d'un retour au pays natal" de Aimé Césire, o poeta da negritude. O Cahier é uma poema sublime, e ao mesmo tempo um murro no estômago, brutal, que deixa qualquer um encostado às cordas. É todo ele atravessado pela questão identitária da negritude. O que é ser negro? O que há de comum a todos os negros? A sua história, o seu sofrimento, a sua sorte. Há claro, quase nunca explicitado, o sentimento do branco como o inimigo e o culpado do sofrimento do negro. Mas por vezes o dedo apontado ao branco vem à tona. Com cinismo: "Parbleu les Blancs sont de grands guerriers, / Hosannah, pour le maitre et pour le chatre-negre! / Victoire! Victoire! / vous dis-je: les vaincus sont contents!"(2) Com rancor: "Ecoutez le monde blanc / horriblement las de son effort immense / ses articulations rebelles craquer sous les étoiles dures / ses raideurs d'acier bleu transperçant la chair mystique / écoute ses victoires proditoires trompeter ses défaites / écoute aux alibis grandioses son piètre trébuchement / Pitié pour nos vainqueurs omniscients et naïfs!"(3)
É claro que o discurso identitário pode levado longe demais, e correr riscos. O próprio Césaire se questiona: "Mais quel étrange orgeuil tout soudain m'illumine?"(4) É esse orgulho que pode lavar a pisar o risco. Não temos que concordar com tudo. Mas alguém pode negar o sofrimento negro? Alguém pode negar a escravidão? Alguém pode negar o direito a indignar-se contra esse sofrimento? E apontar o dedo a quem o causou? E, mais importante ainda, alguém acredita que sem este sentimento alguma vez teriam os negros alcançado metade do que alcançaram nas suas lutas pelos direitos civis?
E no entanto, a mesma pena que incita ao orgulho negro, apela à tolerância e à convivência entre raças, como na frase que coloquei em epígrafe.
Aimé Césaire é originário da Martinique, que tal como a Guadeloupe e a Guiana Francesa, é um departamento ultramarino francês nas Caraíbas e cuja população é numa enorme maioria negra ou mestiça, descendente de escravos. Nos anos 1930 Césaire, estudante brilhante, foi para Paris estudar e conseguiu um lugar na elitista Ecole Normale Supérieure. Aí conheceu Léopold Senghor (primeiro presidente do Senegal independente) de quem se tornou amigo pessoal, amizade que durou até à morte de Senghor. Césaire, Senghor e outros inciaram então o movimento intelectual que denominaram a "Negritude". Foi pelo, pelo menos em França, o primeiro movimento intelectual de negros para defesa dos negros, com um real impacto junto dos brancos. Editaram jornais e revistas em que falavam das questões raciais, e publicaram as suas obras literárias. O Cahier foi publicado pela primeira vez em 1939, sendo revisto mais tarde, e re-publicado em 1956. Aimé Césaire, como Senghor, teve também uma vida política activa, e com uma longevidade assinalável. Foi deputado no Assembleia Nacional no pós-guerra, participando à redefinição dos departamentos regionais franceses, e foi maire de Port-de-France, a capital da Martinique, durante 56 (cinquenta e seis) anos. É ainda maire honorário. Com 95 anos continua ainda intelectualmente activo, de uma lucidez impressionante (foi um crítico particularmente certeiro de Sarkozy antes das eleições). E é sobretudo uma referência incontornável para os antilheses.
Sim, o orgulho negro pode ser levado longe de mais, mas sem ele, e sem negritude, nada teria mudado, e nunca teria existido qualquer movimento anti-racista. Aimé Césaire e Jeremiah Wright são diferentes, muito diferentes, mas o sentimento é muito parecido.
O Cahier d'un retour au pays natal, é uma obra-prima, e é de facto um murro no estômago. Absolutamente essencial para (tentar) perceber o ponto de vista de um negro, por impossível que seja a quem não é negro percebê-lo. Foi logo de início e é ainda hoje uma obra emblemática, em França, em África, e até nos EUA. Começa assim: "Au bout du petit matin... / Va-t-en, lui disais-je, gueule de flic, guele de vache, va-t-en je deteste les larbins de l'ordre et les hannetons de l'esperance."(5)
tradução (possível):
(1)"mas a obra do homem apenas agora começou
e falta ainda ao homem conquistar todas as interdições fixadas nos resquícios do seu fervor
e nenhuma raça possui o monopólio da beleza, da inteligência, da força
e é um lugar para todos o encontro marcado com a conquista"
(2) Oh Céus os brancos são grandes guerreiros, Hosanah para o mestre e para o capado-negro! Vitória! Vitória! digo-vos eu: os vencidos estão contentes!"
(3) Oiçam o mundo branco horrivelmente exausto do seu imenso esforço / as suas articulações rebeldes sucumbir sob as estrelas duras / a sua rigidez de aço azul trespassa a carne mística / ouve as suas vitórias pérfidas aclamar as suas derrotas / ouve dos álibis grandiosos o seu miserável tropeçar / Piedade pelos nossos vencedores omniscientes e ingénuos
(4) Mas que estranho orgulho tão subitamente me ilumina?
(5) Ao cair da aurora... / Desaparece, dizia-lhe eu, focinho de bófia, focinho de vaca, desaparece detesto os labirintos da ordem e os escaravelhos da esperança.
Posted by Zèd at 07:44 2 comments
Labels: Aimé Césaire, Jeremiah Wright, Negritude, preconceito racial, racismo
terça-feira, 25 de março de 2008
25 de Abril sempre (daqui a um mês e até ao big bang apocalíptico em 7,6 biliões de anos)
Sei que é cedo para falar do 25 de Abril, mas estou a preparar uma animação cóltórali (é mais uma festa: o 25 de Abril festeja-se) na universidade sobre o assunto.
E por essa razão prática pus-me a ler o livro da Maria Inácia Rezola sobre a Revolução portuguesa. É um bom livro, com a informação bem detalhada e bem apresentada. Tem-me ajudado a colar as peças da informação fragmentada que tinha na cabeça. E chego a uma conclusão, a partir desta leitura, e que é um ovo de Colombo banal. Com o seu riquíssimo encadeamento de acontecimentos, com o campo político estilhaçado, o papel dos militares e dos partidos, a irrupção da participação popular, o laboratório ideológico, a aceleração do tempo histórico, a complexidade da acção e das suas motivações, a combinação de fontes que permite, entre fontes escritas e testemunhos publicados e orais, etc, etc, etc, o período entre o 25 de Abril e o 25 de Novembro é um objecto histórico absolutamente extraordinário — e muito difícil, e por isso mesmo extraordinário. Um daqueles objectos que por si só justifica o ofício.
O texto da Inácia Rezola — como várias outras obras que ela cita — merece ser lido porque, não deixando de ter implicações políticas para o presente — outra coisa seria impossível —, está bem longe dos usos políticos da história que hoje dominam o espaço público português. Refiro-me aos prós e contras da história contemporânea tal como ela aparece hoje na TV, jornais e blogues (seja o tema o Regicídio, o Estado Novo ou o 25 de Abril).
PS: A propósito, é da minha vista ou o site da Associação 25 de Abril levou um lifting demasiado radical? Sinal dos tempos amnésico-salazaristas? Piratas cripto-spinolistas? Resolvam-me lá isso, senhores capitães de Abril, deve ser menos complicado do que conquistar os pontos nevrálgicos de Lisboa...
Posted by andre at 19:04 0 comments
Labels: 25 de Abril, historiografia
Íveis
A família: uma acumulação incrível (às vezes terrível) de coisas visíveis e invisíveis.
Posted by andre at 18:59 0 comments
Labels: Família
E as pedras de Scorsese vão rolar: it's only rock 'n roll (but I like it)
Posted by Sappo at 11:28 0 comments
Labels: cinema documental, Martin Scorsese, música, Rolling Stones, Shine a Light
Boémia lusa, saudades de Bocage...
Há muita coisa, desde os anos 80 que o país mudou muito nesta área (felizmente, pois). De modo que proponho uma selecção de links para o desopilanço. Links daqueles bons, que dão roteiros (de restaurantes, casas de dança, de fado..) ou espaços de referência em Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Évora, Almada, Maia, e o mais que aí vier (aqui, o critério foi ter agenda on line).
E um bonus track, especialmente para a nossa peão Sofia, o sítio do fumador.
Fica tudo guardadinho na nova secção de links da coluna da direita, a seguir às listas de blogues e sites, com o sugestivo nome de «Roteiro boémio-cultural».
Atenção que não tem tudo, a começar por aqueles cafés icónicos, como o Nicola, A Brasileira do Chiado, o Majestic, o Café Santa Cruz, o Viana... Nem aqui constam bares de culto mas que não têm programação própria. É só um guia.
Agora já não há desculpas para não se sair de casa! Bocage, a ti brindamos!
a trompa [agenda musical]
Agenda académica de Coimbra [AAC]
Agenda Cultural [CML, Lisboa]
At-Tambur.com músicas do mundo
Bacalhoeiro - colectivo cultural [Lisboa]
Bar Lounge [Lisboa]
blogzine da chili com carne
Cabaret Maxime [Lisboa]
Casa da Música
Casa Fernando Pessoa [Lisboa]
Cefalópode [Roda de Choro de Lisboa]
cinemalfa / Academia Recreio Artístico [Lisboa]
Coliseu dos Recreios [Lisboa]
Crew Hassan - cooperativa cultural [Lisboa]
Culturgest
estado líquido [Lisboa]
Fábrica Braço de Prata - Ler Devagar & Eterno Retorno [Lisboa]
Galeria Zé dos Bois [Lisboa]
Grémio Lisbonense [Lisboa]
Guia da noite
guia de bares e cafés da noite de Coimbra [alunos da U. Lusíada]
guia de restaurantes de Lisboa [alunos da U. Lusíada]
Guia do Lazer [jornal Público]
Hot Clube de Portugal [Lisboa]
Incrível Club [Almada]
le cool - ed. Lisboa
Livraria Trama [Lisboa]
locais de dança [Grupo Movimentus]
Lux [Lisboa]
Maus Hábitos - espaço de intervenção cultural [Porto]
Music Box [Lisboa]
OndaJazz [Lisboa]
opozine [cartaz portuense e nortenho]
Passos Manuel [Porto]
RedeCultural
roteiro de fado em Lisboa [Museu do Fado]
Santiago Alquimista [Lisboa]
Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul [Lisboa]
Sociedade Harmonia Eborense [Évora]
Speakeasy [Lisboa]
Sítio do Fumador
Tertúlia Castelense [Maia]
Time Out Lisboa [agenda cultural]
velha-a-branca estaleiro cultural [Braga]
Nb: na imagem, reprodução de quadro de Laurinda Garradas, 2005 (in blogue Nesta hora). A propósito ou não, quem gosta de aniz tem aqui uma sugestão apropriada. Que é como quem diz:
«ELMANO, vate SADINO,
Nas musas sempre feliz
Só bebia um licor fino
Um cálice de bom ANIS».
Posted by Daniel Melo at 00:25 0 comments
Labels: boémia, coimbra, Cultura, Lisboa, Porto, Portugal, terceiro sector
segunda-feira, 24 de março de 2008
Zèd no '5 dias'...
Posted by Renato Carmo at 18:10 2 comments
Labels: Zèd: um biólogo sem fronteiras
Repórteres Sem Fronteiras protestam contra repressão no Tibete
Posted by Sappo at 17:09 2 comments
Labels: China, Jogos Olímpicos 2008, Repórteres Sem Fronteira, Tibete
Eusko Alderdi Jeltzalea descarta referendo e fala em acordo com ZP
O
O
Posted by Sappo at 08:38 3 comments
Labels: Euskadi, Euskal Herria, País Basco, referendo basco
domingo, 23 de março de 2008
Na sala de aula ninguém mete a colher
Posted by Renato Carmo at 11:15 9 comments
Labels: escola pública, professores, sala de aula
sábado, 22 de março de 2008
The Meeting
The Meeting
Somewhere along the road
you meet up with yourself.
Recognition is immediate.
If it happens at the proper
time and place, you propose
a toast:
May you remain as my shadow
when I lie down.
May I live on as your ghost.
Then you pass, knowing you'll
never see yourself that way
again: the fires which burn
before you are your penance,
the ashes you leave behind are
your name.
Gerald Costanzo
Posted by vallera at 03:09 1 comments
Labels: Dia Mundial da Poesia, Gerald Costanzo, poesia, poesia americana
The ladies of Llangollen
Posted by Sofia Rodrigues at 00:33 0 comments
Labels: homossexualidade, Ladies of Llangollen
sexta-feira, 21 de março de 2008
Este ano festejamos aqui, no ano que vem, em Jerusalém*
Posted by Sofia Rodrigues at 23:54 0 comments
Labels: cristianismo, judaísmo, Páscoa, Vaticano
Yas (Yaas), a rebelião rap na terra dos aiatolás rabugentos
Se há alguma coisa que está enfurecendo os aiatolás esta coisa chama-se rap persa. Apesar de proibido desde dezembro do ano passado (por ser considerado indecente e obsceno), o rap iraniano continua bem popular entre os jovens, pois as letras abordam questões políticas e sexuais de forma direta. O único cuidado que os rappers têm é o de não atacar o Islã. De resto, vale tudo: falam das partes genitais, de prostitutas, de bebedeiras e da solidão. Os discos de Eminem e 50 Cent são importados e comprados no mercado paralelo a peso de ouro. Yas (Yaas), um dos primeiros e mais famosos rappers persas, diz que não há mais tabus a respeitar e faz uma rebelião silenciosa. E pela música. Usando como arma a Internet, que divulga tudo o que os aiatolás rabugentos proíbem.
Digo para ver
«Lisboa»
Quando atravesso – vinda de sul – o rio
E a cidade a que chego abre-se como se do seu nome nascesse
Abre-se e ergue-se em sua extensão nocturna
Em seu longo luzir azul e rio
Em seu corpo amontoado de colinas –
Vejo-a melhor porque digo
Tudo mostra melhor o seu estar e a sua carência
Porque digo
Lisboa com seu nome de ser e de não-ser
Com seus meandros de espanto insónia e lata
E seu secreto rebrilhar de coisa de teatro
Seu conivente sorrir de intriga e máscara
Enquanto o largo mar a Ocidente se dilata
Lisboa oscilando como uma grande barca
Lisboa cruelmente construída ao longo da sua própria ausência
Digo o nome da cidade
- Digo para ver
1977
Sophia de Mello Breyner Andresen, Navegações, Ed. revista, Lisboa, Caminho, 2004, p. 7.
Posted by Cláudia Castelo at 09:53 0 comments
Labels: Dia Mundial da Poesia, Lisboa, RevelarLx, Sophia de Mello Breyner Andresen
quinta-feira, 20 de março de 2008
O clube de jazz mais antigo da Europa celebra 60 anos
Posted by Daniel Melo at 11:17 0 comments
Labels: Hot Clube de Portugal, Luís Villas-Boas, música jazz, terceiro sector
Iraq Body Count, os contadores de corpos do terror
Os
Posted by Sappo at 06:45 0 comments
Labels: Iraq Body Count, Iraque
quarta-feira, 19 de março de 2008
Descubra as semelhanças
“I can no more disown him than I can disown my white grandmother,” [referindo-se ao reverendo Jeremiah A. Wright]
Obviamente que não acho que Bill Clinton devesse ter assumido o sua relação com Monica Lewinski, não devia ter sequer respondido à pergunta. A frase que Bill Clinton deixou para a história é apenas um de muitos exemplos do político que diz aquilo que acha que a 'opinião pública' quer ouvir, apenas e só por essa razão, porque pensa que é aquilo que a 'opinião pública' quer ouvir. Não por ser aquilo que pensa, não por ser aquilo em que acredita, não por ser aquilo que é preciso dizer naquele momento, mas apenas porque acha que é o que a 'opinião pública' quer ouvir.
Foi exactamente o que Barak Obama não fez, depois de estalar a polémica dos discursos incendiários do reverendo Wright (pastor da igreja que Obama frequenta há 20 anos). Barck Obama mostrou que tem de facto uma maneira diferente de fazer política. Podia ter procurado a saída mais fácil, e arranjado uma desculpa esfarrapada. Mas não, não negou o inegável, nem iludiu a questão. Tampouco deixou de dizer o óbvio, não é responsável pelo que diz o rev. Wright, nem tem que estar de acordo com tudo o que ele diz. Mas muito mais importante, recentrou o debate naquilo que é realmente importante, a questão racial nos EUA. Fez um diagnóstico lúcido, e contextualizou os discursos de Wright sem desculpabilizar. Fez provavelmente o melhor discurso de toda a campanha eleitoral. Nas questões morais, de cosutmes, de valores, como é o caso do racismo, as políticas tecnocráticas não chegam, as palavras, os simbolismos tornam-se absolutamente essenciais. Barack Obama fez um discurso brilhante, o que era fundamental quando a questão racial tomou (finalmente?!...) o centro da campanha. Se tinha dúvidas dissiparam-se, Obama é definitivamente o meu candidato preferido.
Quem tiver 40 minutos disponíveis que os gaste a ver isto (via Arrastão), vale a pena.
Posted by Zèd at 21:15 2 comments
Labels: Barack Obama, Clinton, Eleições EUA, EUA
A ficção científica perde encanto e poesia
O
Posted by Sappo at 08:43 0 comments
Labels: 2001- Uma Odisséia no Espaço, Arthur C. Clarke, ficção científica