Soube-se agora mesmo da morte do historiador Joel Serrão, aos 88 anos, ocorrida ontem à noite, após doença prolongada.
Serrão ficou conhecido do grande público por ser o autor do monumental Dicionário de História de Portugal, obra lançada nos anos 60 e ainda hoje de referência (foi actualizada para o período do Estado Novo em 1999/2000, por António Barreto e Maria Filomena Mónica). Mas também foi co-organizador doutras 2 obras de envergadura: a Nova História de Portugal e a Nova História da expansão portuguesa, em parceria com A. H. de Oliveira Marques.
Serrão ficou conhecido do grande público por ser o autor do monumental Dicionário de História de Portugal, obra lançada nos anos 60 e ainda hoje de referência (foi actualizada para o período do Estado Novo em 1999/2000, por António Barreto e Maria Filomena Mónica). Mas também foi co-organizador doutras 2 obras de envergadura: a Nova História de Portugal e a Nova História da expansão portuguesa, em parceria com A. H. de Oliveira Marques.
Foi autor de dezenas de estudos históricos, nas áreas da História económica e sócio-cultural. Destes destaco os seus estudos sobre a emigração portuguesa e o liberalismo oitocentista, parte deles publicados num período difícil, o do salazarismo, avesso aos estudos sobre esse período. Escreveu sobre personalidades relevantes do pensamento e cultura lusas, como Cesário Verde, Sampaio Bruno, António Nobre, Fernando Pessoa, Antero de Quental, Vieira de Almeida, António Sérgio, etc..
Foi um dos pioneiros da História contemporânea de Portugal. Com Vitorino Magalhães Godinho, introduziu no país a francesa Escola dos Anais, então a vanguarda da historiografia internacional. Também ao lado daquele e de Oliveira Marques, foi um dos fundadores da FCSH da Universidade Nova de Lisboa.
O féretro do historiador está hoje na Igreja de St.º Condestável, em Lisboa, e o funeral sairá amanhã para o Cemitério dos Olivais, às 10h. Mais detalhes nesta notícia.
Nb: na Internet não encontrei nenhum imagem de Joel Serrão.
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