O governo tibetano no exílio, em Dharamsala (norte da Índia), divulgou hoje que ao menos 100 pessoas foram mortas durante as manifestações de ontem na capital do Tibete, Lhasa. Entretanto, o governo da China reconheceu 10 mortes, enquanto a Campanha Internacional pelo Tibete afirmou que o número de vítimas é de 30. A apuração do número exato de mortes é dificultada pelo forte controle sobre a informação e o acesso à região exercido por Pequim. As viagens de estrangeiros à região, especialmente jornalistas, foram suspensas pelas autoridades. Há uma forte campanha na mídia oficial chinesa para retratar os manifestantes como vândalos que atacaram pessoas inocentes, atearam fogo em lojas e agrediram policiais.
O governo tibetano no exílio pediu intervenção da Organização das Nações Unidas (ONU) para interromper o que classificou como "violação dos direitos humanos" no Tibete. Enquanto os ativistas tibetanos sustentam que as mortes foram provocadas pela repressão policial, o governo de Pequim afirma que elas ocorreram em razão dos incêndios iniciados pelos manifestantes.
O Tibete foi tomado pelas forças de Mao Tse Tung, em setembro de l951. A ocupação chinesa na região foi marcada pela destruição sistemática de mosteiros, pela opressão religiosa, pelo fim da liberdade política e pelo aprisionamento e assassinato de civis em massa. Além da pilhagem econômica que vem sofrendo pelo desmatamento criminoso, o Tibete se tornou um imenso depósito de resíduos nucleares por parte do governo de Pequim. Até hoje, a ONU nunca expressou qualquer protesto significativo contra esta ocupação.
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