Surpresa desta manhã, antes de entrar num duche de água quente: há mais lares portugueses com televisão do que com esquentador a gás. São os nossos indicadores de conforto, segundo o Público de hoje.
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Imagem: Edgar Degas, "Bain du matin", 1883. Pastel sobre papel. Art Institute of Chicago.
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9 comments:
Lembro-me de que aqui há uns anos, de Coimbra para cima era muito comum o uso de aquecimento de água eléctrico.
Provavelmente uma herança da diferença de preços de electricidade entre norte e sul...
Tinha dez anos quando vi um esquentador a gás pela primeira vez: na minha inocência, antes disso julgava que toda a gente tinha aquecimento central (com caldeiras a gás, a gasóleo ou mesmo a lenha como os meus avós) para água e casa quentes no inverno e painéis de energia solar para água quente no verão.
Na aldeia onde o meu pai nasceu, a 15Km da Guarda, todas as casas têm uma caldeira eléctrica. Curiosamente, muitas não têm televisão!
Já na casa dos meus tios, perto de Vieira de Leira, até há uns dez anos, ou nem isso, água quente era aquecida a lenha em grandes cafeteiras. Já televisão sempre houve.
quem és André?
Têm razão os que falam de outras formas confortáveis e ecológicas de aquecer a água e as casas. Porque a televisão aquece(-me) pouco.
Os painéis solares, em Portugal, são ainda uma miragem, ou não?
Julgo que nos anos 80 os painéis solares eram uma forma barata de aquecimento de água mas caíram em desuso. Provavelmente porque dependem dos “caprichos” do tempo e necessitam de manutenção frequente se utilizados de forma descuidada, quando o poder de compra aumentou muitos foram substituídos por outros meios menos ecológicos mas que podiam ser utilizados durante todo o ano.
Não conheço os avanços técnicos desde então - certamente estarão mais eficientes - mas surpreende-me a falta de investimento na energia solar com o clima português.
[O painel solar de casa dos meus pais – na região litoral centro - continua a funcionar; no pico do verão, aquece água para sete banhos diários.]
Os painéis solares são, de facto, uma miragem, sobretudo nos distritos empobrecidos do Interior Norte, excepção feita ao Concelho de Moimenta e, mais concretamente, à localidade de Guedieiros, terra de grande fartura. Já no Alentejo os investimentos na área parecem vir a ser maciços. Resta saber se irão beneficiar a população local ou apenas os mil e um "resorts" de luxo, projectados para a zona do Alqueva.
André, agora, passadas umas horas desde o teu comentário, já estou reposta de tanto rir (nem imaginas!). Acreditas que em Gedieiros eu não faço a mínima ideia de qual seria a fonte de alimentação da àgua? eu apenas abria a torneira do duche e a água saía.. tomei lá centenas de duches e não faço a mais pequena ideia se era a gas ou não. Mas como a terra é de grande fartura,(sic)também não interessa saber de onde vem a àgua quente. Queremos é os banhos quentes!
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