terça-feira, 15 de maio de 2007

O pós-socrático

A candidatura de António Costa é uma candidatura inteligente. Por vários motivos, se ganhar Lisboa dá a Sócrates um bom fôlego para repetir nas próximas legislativas a maioria absoluta. Por outro lado, ao sair do governo no início do ciclo pós-estado-de-graça, António Costa posiciona-se como reserva imbatível para futuro líder do PS. Mas para lá chegar terá de fazer obra em Lisboa e ter a astúcia necessária para constituir alianças pós-eleitoriais entre as várias candidaturas da esquerda. Se conseguir criar essa plataforma poderá capitalizá-la para o eventual cenário nacional, no qual o PS pós-Sócrates dificilmente conseguirá a terceira maioria absoluta.

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