sexta-feira, 4 de maio de 2007

Grandes Causas da Actualidade

É, de facto, um enormíssimo ataque à liberdade, este de se proibir o fumo em espaços públicos fechados. Em espaços públicos e fechados, imagine-se!

10 comments:

vallera disse...

tás a gozar a Sofia, ou quê? :-)))

João Caetano disse...

Não, não estou. Nem sei qual a sua opinião sobre o assunto. Mas parece-me exagerado achar - e muitas pessoas têm-no afirmado - que estamos perante um ataque à liberdade dos fumadores.

vallera disse...

E não estamos, João?
Quando estive em Washington e NY, não só era dificílimo fumar, como beber bebidas alcoólicas (banalíssimas, tipo uma cerveja). Quando percorria km para saír da biblioteca para fumar e chegava à rua e acendia um cigarro, as pessoas olhavam para mim como se eu tivesse Ébola. Para beber uma cerveja era preciso ir a um bar, onde pediam sempre a identificação (isto para um europeu é ridículo) ou comprar a dita cerveja numa liquor store (já para não falar nos embrulhos que revestem as bebidas para não serem vistas no "espaço público" - restos da Lei Seca?). Conheço não fumadores, que após terem ido viver para os EUA, começaram a fumar como reacção. Por outro lado, quando voltei dos EUA, já só fumava um cigarro por dia,e, se lá tivesse estado mais tempo, teria deixado de fumar por completo. Seria bom para mim, mas não deixaria de achar disparatada a "perseguição" aos fumadores. Nos EUA tive a sensação de que podia de facto ser presa se fumasse num espaço público. Creio que na Europa, mesmo com a lei anti-tabaco, não terei a mesma sensação (espero que isto não saia pela culatra :-))Resta dizer que gostei imenso de estar nos EUA e não me importava nada de lá viver (desde que fosse numa grande cidade). Interesso-me muito pela cultura americana, mas penso que terei sempre um ponto de vista europeu perante a mesma.

Hugo Mendes disse...

Vallera, mas aqui é a questão legal ou a coerção cultural que está em causa? É que, podendo ser interdependentes a um certo nível, convém distingui-las.

vallera disse...

No que escrevi ambas. No post do João a questão legal.
Apenas referi a questão cultural porque o João vive nos EUA.
Sim, convém distingui-las, mas apeteceu-me escrever sobre a experiência que tinha tido, e essa experiência nem tem nada que ver com o post do João (já agora aproveito para dizer que adoro o tag que ele utilizou!).

João Caetano disse...

Vallera, não percebo muito bem essa história do europeu a quem lhe faz confusão ter que andar kilómetros para poder fumar ou beber uma cerveja. Eu sou europeu, gosto de boa cerveja, fumar só se fizer rir, mas não me sinto ameaçado por não o poder fazer em qualquer sítio.

Aliás, e já que estamos a falar de experiências, o que me faz confusão é ter que andar kilómetros em Lisboa até encontrar um sítio onde ninguém esteja a fumar. Para já não falar de ser impossível encontrar um espaço que sirva drip coffee (mais conhecido como "café americano", ou "café de balde").

Este comentário foi escrito ao sabor de um excelente drip coffee, sem fumo ao meu lado e através de internet sem fios gratuita. Terei todo o gosto em discutir estes assuntos contigo, se me convidares a um sítio assim, em Lisboa. Por outro lado, quando cá vieres outra vez, terei imenso prazer em levar-te a um sítio onde possas beber muito boa cerveja e fumar os cigarros que quiseres; os teus e os dos outros ao teu lado.

vallera disse...

Está combinado João! vou tentar descobrir esse sítio em Lisboa ;-)

Hugo Mendes disse...

Oh João, a minha solidariedade contigo acaba no mesmíssimo momento em que confessas o teu gosto pelo dito "drip coffee"....

João Caetano disse...

Ah!, meu querido amigo Hugo, desconheces um mundo novo. Lá em Inglaterra, só sabem mesmo é fazer chá.

Zèd disse...

Pois eu conheço o drip coffee e nos anos que vivi nos EUA alternei o café espresso italiano, com o mexicano, com o português feito em casa (màquina de café bricolada para gerar pressão suficiente, e café diligentemente enviado através CTT em remessas regulares). Ao dripp coffee americano nunca me habituei (agora em França bebo-o todos os dias de manhã, bizarre...).

Jà quanto ao tabaco essa experiência ensinou-me a relativizar a coisa. Embora os americanos sejam um pouco excessivos (moralismo puritano), os europeus são também em sentido contràrio. Concordo com o João que falar em ataque à liberdade dos fumadores é um bocadinho demais.