domingo, 25 de fevereiro de 2007

A maçã branqueada


Há poucos dias fui confrontada com a estética da Macintosh para os anos 00 aplicada num grande espaço: ainda a maçã, mas sem cor; superfícies metalizadas e muitos vidros. Os anos 00, portanto.
Pensei, com nostalgia, no antigo logo, a que atribuia o significado dado pela autora Sadie Plant no livro Zeroes and Ones, em que a maçã rainbow seria uma homenagem a Alan Turing.
Este cientista inglês (1912-1954), é considerado o pai da computação, desenvolveu estudos na área da inteligência artificial e, durante a II Guerra Mundial, conseguiu decifrar códigos alemães. Era, também, homosexual e, em consequência da sua orientação sexual, sofreu grandes pressões, tendo mesmo de se submeter a terapias hormonais. Em 1954, este homem suicidou-se ao comer uma maçã envenenada com cianeto.
Gostava de pensar que um dos logos mais famosos do mundo lhe prestava homenagem, que um símbolo emblemático da sociedade de consumo pudesse conter uma afirmação tão notável.






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