terça-feira, 27 de março de 2007

Os meios, os fins e as consequências (esperadas) da mudança no paradigma de políticas educativas





Tradução de um quadro retirado de:

Despite the Odds: The Contentious Politics of Education Reform, de Merilee Serrill Grindle (2004, Princeton University Press, p.6)

3 comments:

CLeone disse...

Bom, e muito de semelhante poderá ser observado noutras áreas.
Mas o problema relativo a justiça que referi no comentário ao post do Renato Carmo está aqui omisso: qual a aplicação das reformas (em qualquer dos apradigmas)? Efectiva ou simulada (como o anúncio da contratação de investigadores com efeito já no ano lectivo de 2007 feito há um ano)? Legal ou aproximada à lei conforme as conveniências dos subsectores sociais (no ensino superior isto é muito mais complexo, mas nem por isso menos claro, que a questão sindical)?
As reformas, aqui e noutro sector, neses ou noutros paradigmas, dependems empre da sua aplicação e esta só é aferível em função da sua conformidade à Lei. O que em Portugal é invariavelmente o maior problema.

CLeone disse...

Bom, e muito de semelhante poderá ser observado noutras áreas.
Mas o problema relativo a justiça que referi no comentário ao post do Renato Carmo está aqui omisso: qual a aplicação das reformas (em qualquer dos apradigmas)? Efectiva ou simulada (como o anúncio da contratação de investigadores com efeito já no ano lectivo de 2007 feito há um ano)? Legal ou aproximada à lei conforme as conveniências dos subsectores sociais (no ensino superior isto é muito mais complexo, mas nem por isso menos claro, que a questão sindical)?
As reformas, aqui e noutro sector, neses ou noutros paradigmas, dependems empre da sua aplicação e esta só é aferível em função da sua conformidade à Lei. O que em Portugal é invariavelmente o maior problema.

Hugo Mendes disse...

Sem dúvida. O nosso gap entre a "law in the books" e a "law in action" é por vezes enorme, e praticamente assassina por vezes algumas boas leis que até vão sendo feitas.
Creio - mas eu gostava de saber mais sobre isto - que isso depende em boa medida da (maior ou menor) capacidade do executivo fiscalizar e monitorizar a aplicação das leis e da (maior ou menor) inércia institucional, capaz de resistir às medidas reformistas vindas de cima. Não estou a explicar, estou apenas a descrever. Provavelmente cada subsector tem a sua explicação para a sua inércia institucional; nalguns casos a força dos sindicatos (e, simetricamente, a desmobilização dos outros visados pelas reformas, que até podiam concordar com elas e ser aliadas na sua implementação) explica, noutros não. É preciso perceber melhor como funcionam as instituições como organizações mais ou menos fechadas e capazes de rechaçar as mudanças legais vindas de cima.
E a nossa tradição centralista não ajuda nada, by default, na compreensão deste fenómeno. E quando não o compreendemos, maios facilmente esbarramos nele.